A praia estava tão só
de tudo
que mais parecia uma casa vazia
até os azuis desmaiavam
num tresmalho de céus
Nem um barco, uma asa,
uma brisa, um pó
Só uma breve espuma
adocicava as areias tatuadas
Nesta elegia de silêncios
em repouso
as águas lamberam
os teus últimos sinais
mas não o mirífico lugar
onde se despem e nidificam
as marés
Tão bonitos poema e foto. A sensibilidade e a vida...muitos beijos. Adorei.
ResponderEliminar... e por vezes, a praia apresenta-se assim! Vazia, como 'uma casa vazia'!
ResponderEliminarMas uma casa encerra paredes, e a praia o horizonte sem fim!
Uma elegia em 'tempo de metáfora'?!
Muito belo este teu poema! E a foto! Como o mar é vastidão perante a pequenez do Homem!
Pelo olhar atento a 'fragmentos', sensibilizada!
Um "nunca mais" levado pelas marés e a lembrança que sempre será trazida por elas.
ResponderEliminarbjs
Murmúrio poético empolgante. Vou sair, pé ante pé...
ResponderEliminarLer-te é ficar sem palavras, e apreciar a beleza do que escreves no mais puro silêncio da admiração. Adorei o poema.
ResponderEliminarUm beijo
o sitio de todas as origens.
ResponderEliminar...até o silêncio é cúmplice.
___
beijo, marítimo.
receio que os sinais prevaleçam. transmigrados para outros intimos locais...
ResponderEliminarbelíssimo, Poeta.
abraços
Não tenho muitas palavras perante as palavras dos outros... é uma limitação que me persegue... mas nãp posso deixar de me sentir comovida - isso mesmo! - e logo pela pena de quem se diz pouco dado a comoções!!(Peço desculpa por voltar a este momento!)
ResponderEliminarEnfim... só para reiterar a minha admiração pela escrita do Eufrázio...
Saudações poéticas
Lindissimo!
ResponderEliminarEntretanto veio-me o cheiro do Outono.
:)
mesmo nos passos apagados, permanece a memória na areia.
ResponderEliminartransparece do poema essa beleza única da espuma silenciosa sobre o areal onde repousam as memórias.
ResponderEliminarbjo.
Belissímo!
ResponderEliminar"Intocável" o espaço das marés.
Sublime...assim.
ResponderEliminarBeijinhos*
De novo repouso os olhos nas marés dos teus versos
ResponderEliminarMuito belo, Eufrázio.
ResponderEliminarMas, quando não é? :)
Beijos, boa semana.
"(...) até os azuis desmaiavam
ResponderEliminarnum tresmalho de céus (...)"
no desnudar das palavras,
o silêncio da pele.
VFS
O lugar do tudo em nada desenhado.
ResponderEliminarBj.
Um silêncio perfeito,
ResponderEliminarfrente a imensidão do Mar
onde so a espuma veio lamber os ultimos sinais
Mas onde é que nidificam as marés...
Poema como sempre escrito com a alma dum poeta que adora seu Mar.
Beijinhos
rendo.me ao silêncio
ResponderEliminarpela excelência do POEMA
.
um beijo
recônditos são pensamentos de um poema...
ResponderEliminarA capacidade de olhar e poemar é brilhante em ti.
ResponderEliminarBom voltar a estes areais e ver que as palavras continuam a brilhar.
ResponderEliminarElegia do silêncio, onde ouvimos a enchente das marés no coração das palavras.
ResponderEliminarMais um belo poema!
Beijos.
- Não achas que o poeta está a querer dizer que o Outono está aí não tarda?
ResponderEliminar- Ná. Isto é o relato de um amor de Verão que chega ao fim...
- Pois cá para mim, depois de lambidos os sinais, muitas noites de Inverno esta paixão há-de conhecer...
- Coisa para durar até á Primavera pelo menos, não?
muito bonito!
ResponderEliminarnão costumo trazer para o comentário a palavras que leio no post mas gostava de salientar que me encantou a frase "as águas lamberam os teus últimos sinais".
beijos
luísa
sempre é un gusto vir por aquí e atopar tanta beleza,que efimera é a felicidade!!
ResponderEliminarbeijhos ben querido poeta.