quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A LEVEZA DAS CINZAS








A manhã

num grito de alvorada

desperta no teu corpo

o som dos pássaros

e as pedras medram

porque são seixos

ungidos pelo mar



a manhã

respira,arfa,espuma

por todos os póros

até que a sombra

cansada

se ateie

até ser outro dia



Pudesse dar ás palavras

a leveza das cinzas

já esta fogueira

ardia

nos nossos passos




14 comentários:

  1. Um dia as palavras serão leves.... como as cinzas...

    Beijo

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  2. um poema que diz tudo e
    uma foto!, senhores!
    que maravilha!
    fez-me aguçar aqui o jeito da praia
    do antigamente...
    não tão altas, é verdade...
    lembro um filme que tenho sempre presente "Ruptura Explosiva"
    ...
    beijos grandes

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  3. amacia-me a pele com essa pedra curtida de sal e sol
    passa-ma pelo corpo como a m�o do mar o faria
    todos os meus poros beber�o o seu calor
    o meu sangue ouvir� a m�sica que por dentro cantam
    que s� pode ser acompanhado de um belo poema de amor

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  4. um passo

    em fogueira

    feito cinza

    .
    ou o antes
    e o depois

    do adeus


    .
    um beijo

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  5. A leveza das cinzas... suave espalhar de palavras.

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  6. O poema é bonito, mas a foto ...
    Feliz fim de semana.

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  7. mais um belo poema, que me deliciei a ler.


    boa semana
    bjs

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  8. "Pudesse dar às palavras
    a leveza das cinzas"
    Muitas vezes as palavras pesam-nos no peito como se fossem pedras...
    Um abraço.

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