O sangue mordido
pulsa nas marés
conforme as noites
ancoradas na cidade
e os barcos soltos
no chão das escarpas
desalinham adormecidos
na água
ao sabor dos limos
respiram por guelras
Apesar de tudo cantamos
nesta noite de brumas
sem repouso
sem limites
como o ar que se respira
a si próprio
Hoje despojámo-nos da cidade
para escutar o som
de outras falas
a fímbria do mar
a rasgar-se em clarões
de espumas
outros amanhãs
Este mar, que é arável, dá-me paz
ResponderEliminare ensina-me a respirar por guelras
enquanto espero outros amanhãs
Beijos
outros amanhãs também me levam, sempre, para o mar, onde as vagas, uma a uma, se vão enchendo de espuma, beijando as areias que me enrolam...
ResponderEliminarbeijinhos
a
ResponderEliminarpesar
tudo...
respiramos.
@-,-'-
criar outros amanhãs com clarões de espuma leva-nos a invadir o mar...lindo texto
ResponderEliminarquiseste.nos assim
ResponderEliminaró mar!
vogando
em
clarões
de espumas?
Não
entre algas
e
sereias
vulgares
como nós
.
um beijo
O mar é eterno, não os peixes.
ResponderEliminarE não temos tempo para amanhã... Hoje queríamos hoje!!!
(nós, o peixe miúdo)
Abç
Também eu fiquei com vontade de "adormecer na água ao sabor dos limos" e acordar já nos "outros amanhãs".
ResponderEliminarBoa semana
"a rasgar-se em clarões
ResponderEliminarde espumas..."
excelente, Poeta!
abraços
e saimos,
ResponderEliminarimos,
e sentimos
Outros amanhãs; de som, de sol e de sal.
ResponderEliminar"Outros amanhãs" tão necessários hoje...
ResponderEliminarUm abraço*
a saber
ResponderEliminarda outra vida
possível
a partir
das marés
nuas
.beijO
outros amanhãs, marés...feitos de espuma, talvez. Feitos de imenso mar de tudo.
ResponderEliminarTodos nós
ResponderEliminaresperamos
"outros amanhãs"
Na cidade
No mar
No campo
No céu...
Todos nós
precisamos de
"outros amanhãs"
Em qualquer lugar do Mundo!
princesa
barcos soltos que respiram por guelras levam-nos a bom porto depois da tempestade
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