"Bocage e as ninfas"oleo de Fernando Santos
Também aqui o irrepetível espelho
se revela em florações liquefeitas
caminhando como nós por sobre as pedras
enquanto nos olhos da velha araucária
sabe-se lá porquê
uma ave de outras bandas
descarnou aquela que julgava ser
a última pétala da marginal
Também aqui as árvores teimam
projectar sombra
no tracejado solar das marés
enquanto um frémito cintilante
nos dá alento para surpreender
a nudez do primeiro orgasmo
precisamente onde a água se abandona
para os lábios
Também aqui o irrepetível espelho
se revela em florações liquefeitas
caminhando como nós por sobre as pedras
enquanto nos olhos da velha araucária
sabe-se lá porquê
uma ave de outras bandas
descarnou aquela que julgava ser
a última pétala da marginal
Também aqui as árvores teimam
projectar sombra
no tracejado solar das marés
enquanto um frémito cintilante
nos dá alento para surpreender
a nudez do primeiro orgasmo
precisamente onde a água se abandona
para os lábios
e a nudez se abandona à água.
ResponderEliminar..
onde a água se eterniza
ResponderEliminare floresce memória...
:)
beijO
Parafraseando Luís Vaz"... onde o mar acaba e a Terra começa..." será por aí, talvez que os lábios se entreabrem ávidos numa sucção que ainda não chegou... ou talvez já tenha acabado. Quem sabe?
ResponderEliminarMarcante , o poema.
Bj.
"florações liquefeitas"... água como frémito. muito bem.
ResponderEliminartb aqui.
ResponderEliminarprojectada a sombr. porém visível.
tb aqui. A palavra.
iluminada. de marés.
beijo.
/piano.
Imagem e poema, sintonia perfeita.
ResponderEliminarA palavra liquefeita nos lábios entreabertos para o amor.
beijinhos
A poesia comanda muito bem
ResponderEliminarbom inicio de semana
saudações amigas
A água vai e vem. Só a sede é eterna.
ResponderEliminar... precisamente onde a água se abandona....
ResponderEliminaraqui!
Abraço
obrigada.
ResponderEliminarmesmo.
beijo.
oceano de espelhos
ResponderEliminarintenso e transparente
por entre a claridade solar do desejo.
Belo!
"frémito cintilante":
ResponderEliminarentre a dor e o êxtase, um tronco de astros, afundando-se na terra...
há aves tramadas!!
ResponderEliminargostei
as estrelas na água e a avidez nos lábios
ResponderEliminarBelo e os dois últimos versos são de uma poesia muito forte.
ResponderEliminarUma sombra rarefeita pelo êxtase da água numa nudez incassiável.
ResponderEliminarBjs Zita
surpreender é isso. tem que ser assim o tracejado.
ResponderEliminarabsolutamente belo este teu poema.
beijo mararavel.
B.
Cheguei aqui através do cheiro da Ilha mas , olhando para cima, há excepção de dois, podia ter chegado pela mão de qualquer um. Foi um prazer passear por aqui. Entre as palavras.
ResponderEliminarBeijinho e bom dia