Descalço corri
desertos marés palavras e ventos
só para te ver
formosa duna
estavas de vigília em vão
colar de limos ao pescoço
quase vegetal nas areias
O mar já tinha invadido
os teus barcos mais restritos
a luz ardia na praia
os nossos barcos preferidos
Descalço corri
só para te ver
formosa duna
estavas a dormir silvestre
no chão das memórias
areia
tão livre de fronteiras
por entre os dedos
eufrázio filipe
Enquanto o vento fustigou a duna, a poesia fez-se ao caminho.
ResponderEliminarSão sensuais, as dunas, mas efémeras, às vezes, ou não escorregue a areia por entre os dedos... Por isso, ansiamos!
ResponderEliminarVoltei mais cedo do que o previsto! A inspiação é caprichosa!
ResponderEliminarAreia que se vai escoando sem deixar rasto.
Belo poema, caro Eufrázio.
Abraço
Olinda
Por entre dedos passou a toada
ResponderEliminardo roçar de sílabas
que o Poeta colou, não sei
onde nem como,
se a coberto da noite
ou no desvão do porto.
Sei que não foi em vão
que a duna se fez
d'algas arredondada
para a boca dizer.
Abraço
um amor enternecedor!
ResponderEliminarAs dunas tão amadas pelo vento e pelas marés. As dunas que o Poeta estremece com palavras "no chão das memórias" como se fossem sonhos dispersos…
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo.
Um beijo.
As dunas, levadas ao vento, deixam na memória a beleza livre e luminosa... Metáfora dos afetos...
ResponderEliminarAbraço,
Genny
Acorda! Acorda, a vida não é feita dessa gente, de A a Z, acorda! A vida são árvores de fruto e as que nos dão oxigénio, água potável, insisto, água potável, não haverão animais, estão em extinção, acorda, de A a Z são todos iguais, ignoram o futuro, querem ouro branco, o Litium, acorda, vão dar cabo da nossa natureza, da nossa água, de A a Z, acordem, os cientistas dizem que em 2050 não temos mundo e não há plano B, não há escapatória, terei 80 anos, mas há as crianças de agora que têm direito à vida, não a minha que já a vivi, a deles, acordem, de A a Z, acordem.
ResponderEliminarTERESA
ResponderEliminarUm belo grito
Bj
Um poema de amor lindíssimo sublimemente metaforizado.
ResponderEliminarBeijinhos,
Ailime
Gostei da força e beleza deste "colar de limos".
ResponderEliminarBeijo.
A duna só é livre e bela se tocada por poetas!
ResponderEliminarBeijo.