Por falta de um sopro
no marasmo do cais
adormeciam barcos
banhavam-se em salivas
à vista dos mastros
quando amanheciam
sílaba a sílaba
junto ao pomar dos medronheiros
numa cadência de asas e passos
e tu adocicavas nas margens
imaculadas claridades
Com o tempo verifiquei
que eras tu
regressada ao que sempre foste
vertebrada metáfora
a folhear um compêndio de azuis
eras tu dulcíssima
tão líquida por entre os dedos
que adormecias os barcos
Eufrázio Filipe
É tão sossegada esta tua metáfora...
ResponderEliminarDiz-me
Quando a hora de acordar os barcos?
Gostei da imagem. Quase tão bela quanto o poema.
ResponderEliminarAbraço
Mesmo sem vento... encontra-se beleza...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
ResponderEliminarE tinha nos olhos a verdade, o brilho cru e absolutamente autêntico dos azuis e das claridades. Outro poema que me encantou. Abraço.
Por falta de um sopro, porque o que se quer é serenidade....
ResponderEliminarBeijo de..
Saudade
Belíssimo quadro!visualizo a lua!
ResponderEliminarou a água...
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ResponderEliminaráguas que do céu azul o torna
nas correntes paradas do olhar.
boas margens...
abraço
Dulcíssimo poema...
ResponderEliminarExcelente, gostei imenso.
Caro Eufrázio, um bom fim de semana.
Abraço.
Vertebrada metáfora liquefeita num belíssimo poema.
ResponderEliminarGrande abraço
Só uma mulher "dulcíssima" para adormecer os barcos…
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo.
Um beijo.
Uma dulcíssima metáfora poética.
ResponderEliminarBeijinhos,
Ailime
Que metáfora esta que se reinventa em novas roupagens. A cada maré o poema deslumbramento sobe à praia.
ResponderEliminarAbraço.