No espelho das águas
sacudi amarras
a preguiça das marés
Não chovia
em redor dos teus olhos
mas quando te recolhi
numa folha de papel
incomensurável e linda
uma brisa
sentou-se na cadeira vazia
e nós começámos
de novo
a lavrar areias
a desbravar outonos
folha ante folha
Estava tão aceso o mar
que nem pareciam azuis
os teus olhos
Eufrázio Filipe
"Chão de marés" (reconstruido)
é um vento que ateia olhos em vez de carvão.
ResponderEliminarMaravilhoso, como sempre!
ResponderEliminarBeijo, bom fim de semana.
E viaja-se... sem que nada volte a ficar vazio....
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
Como não amar?
ResponderEliminarLindo
Beijos
Difícil mesmo é lavrar areias.
ResponderEliminar"desbravar outonos folha ante folha". Como não havia de incendiar-se o mar e o olhar?
ResponderEliminarMagnífico poema, meu Amigo.
Uma boa semana.
Um beijo.
Maravilha(da) ♡ beijinhos poeta
ResponderEliminarAssemelha-se a uma tela surreal.
ResponderEliminarÉ necessário tornar a lavrar o mar arável...
ResponderEliminarMister para hábeis lobos do mar...
Lirico, envolvendo os sentidos...
Muito belo.
Bj ~~~
lindo!
ResponderEliminarÁgua(s) redentora (s)...
ResponderEliminarMuito belo, cândido e tocante.
Bjinho
Um poema lindo, com o amor à flor das águas.
ResponderEliminarBeijinhos,
Ailime
Lindo!
ResponderEliminarbeijinho