segunda-feira, 4 de setembro de 2017

IMPENITENTE






Impenitente
peregrino num santuário
de faúlhas
desponto migalhas
que distribuo aos pássaros
na mesa do alpendre

Quando a noite cai
escura
tão bela e escura
impenitente
acendo um fósforo
só para te ver

asa que não dorme
mais leve que o próprio voo

por sobre as águas

Eufrázio Filipe

14 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Adorei!

Beijo e uma excelente semana.

Agostinho disse...

Impenitente vicioso
dono do dom dos pássaros
imaculado da mancha original
sopra no verso asas que o fazem voar

É um prazer vir a este bebedouro.
Abraço.

Olinda Melo disse...


Impenitente e persistente.
Sempre atento ao voejar dos seus
sentimentos.

Gostei, Mar Arável.

Abraço

Olinda

Marta Vinhais disse...

Para voar, sentir a brisa nas asas....
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

Graça Pires disse...

Por sobre as águas todos somos impenitentes...
Um beijo, meu Amigo.

ana disse...

Muito bonito.
Bjs.:))

Tais Luso de Carvalho disse...

Parabéns sempre, Eufrázio, bela criação!
Uma ótima semana.
Bjs!

Ailime disse...

É à noite que os olhos vêem mais claro.
Beijinhos,
Ailime

Graça Alves disse...

Belo, o poema!
bj

teresa dias disse...

Impenitente, continuarei procurando aqui outros belos poemas.
Abraço.

manuela baptista disse...

quantos segundos dura a luz de fósforo?

para que a noite caia escura e bela


um abraço

MJ FALCÃO disse...

Tudo bem?
asa que não dorme
mais leve que o próprio voo

por sobre as águas

Odete Ferreira disse...

Se assim não fosse o poeta, como faria arder fósforos nas águas?
Mais um poema inconfundível da tua idiossincrasia poética.
Bj, Mar

Sónia Micaelo disse...

Belo!
Bjs