A deshoras
vi barcos soltos
perdidos de azuis
e outros mares
colhiam beijos sem mácula
num afago de limos
amarados ao vento
inscritos nas paredes do cais
cumpriam uma rota
contra todos os destinos
quase (e) ternos
a desvendar palavras
em pleno voo
menos livres
que os pássaros
Eufrázio Filipe
"Chão de Marés"
18 comentários:
Marés que nos libertam...
..."Menos livres / que os pássaros"
peneirando alfabetos de cinza.
Abraço, Poeta.
Muito lindo o seu poema!
Beijo. Bom fim de semana.
Um belo poema. Parabéns.
Um ótimo final de semana.
Abraços.
Pedro
Como será mesmo «desvendar palavras em pleno voo»?
Muito bom!
Abraço.
Que beleza de poema!!!
Que sejamos livres para acompanhar os pássaros...
Beijos e abraços
Marta
Te jeito de 'poemar', o toque dos 'azuis', do 'mar' em versos soltos, me seduzem neste poema.
Beijo
Num afago de limos, os barcos tomam o caminho de um voo que só pertence aos pássaros e aos poetas...
Belíssimo, este poema, como é de resto todo o teu livro "Chão de marés" que aconselho a todas as pessoas que gostam de boa poesia. Parabéns, meu Amigo.
Um beijo.
colhiam beijos sem mácula
num afago de limos
Excelente poema, gostei muito.
Bom fim de semana, caro Eufrázio.
Abraço.
A deshoras a noite é ternamente eterna.
Um abraço fraterno daqui do meu retiro.
O mar e seus fascínios.
Belíssimo.
Abraço, Filipe.
É bom descansar na tua poética...e partir livre!
Lindo.
Bj
barcos tão poéticos como os nossos sonhos.
Abraço
Há um movimento eterno na vida, nas palavras! Gostei do poema e da foto. Beijinhos :)
Cada um tem a sua função. Uns e outros, completam-se.
Sempre belo o teu caminho poético.
Bj, Filipe
Gostei do som e do conteúdo que se desprende das palavras.
bj
Um poema lindo, muito terno(e)terno!
Bjs e bom fim de semana.
Ailime
pássaros amarados
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