sexta-feira, 23 de junho de 2017

QUASE(E)TERNOS





A deshoras
vi barcos soltos
perdidos de azuis
e outros mares

colhiam beijos sem mácula
num afago de limos

amarados ao vento
inscritos nas paredes do cais
cumpriam uma rota
contra todos os destinos

quase (e) ternos
a desvendar palavras
em pleno voo

menos livres 
que os pássaros


Eufrázio Filipe
"Chão de Marés"


18 comentários:

  1. ..."Menos livres / que os pássaros"
    peneirando alfabetos de cinza.

    Abraço, Poeta.

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  2. Um belo poema. Parabéns.
    Um ótimo final de semana.
    Abraços.
    Pedro

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  3. Como será mesmo «desvendar palavras em pleno voo»?
    Muito bom!
    Abraço.

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  4. Que beleza de poema!!!
    Que sejamos livres para acompanhar os pássaros...
    Beijos e abraços
    Marta

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  5. Te jeito de 'poemar', o toque dos 'azuis', do 'mar' em versos soltos, me seduzem neste poema.

    Beijo

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  6. Num afago de limos, os barcos tomam o caminho de um voo que só pertence aos pássaros e aos poetas...
    Belíssimo, este poema, como é de resto todo o teu livro "Chão de marés" que aconselho a todas as pessoas que gostam de boa poesia. Parabéns, meu Amigo.
    Um beijo.

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  7. colhiam beijos sem mácula
    num afago de limos

    Excelente poema, gostei muito.

    Bom fim de semana, caro Eufrázio.
    Abraço.

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  8. A deshoras a noite é ternamente eterna.
    Um abraço fraterno daqui do meu retiro.

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  9. O mar e seus fascínios.
    Belíssimo.

    Abraço, Filipe.

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  10. É bom descansar na tua poética...e partir livre!
    Lindo.
    Bj

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  11. Há um movimento eterno na vida, nas palavras! Gostei do poema e da foto. Beijinhos :)

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  12. Cada um tem a sua função. Uns e outros, completam-se.
    Sempre belo o teu caminho poético.
    Bj, Filipe

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  13. Gostei do som e do conteúdo que se desprende das palavras.
    bj

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  14. Um poema lindo, muito terno(e)terno!
    Bjs e bom fim de semana.
    Ailime

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