terça-feira, 16 de maio de 2017

ROSA DE SAL





Neste chão de ressonâncias
marés vivas
marnotos
marinhas valentes
e outros relâmpagos
transportámos
um sol de mãos cheias
à cintura um mar de sargaços

Nus de tudo
soprámos o espinho
que nos sangrava as pétalas

descobrimos as mãos
e os lábios ao entardecer

dulcíssimos
oferecemos ao rio
uma rosa de sal


eufrázio Filipe
Colectânea "Chão de Marés" editora Lua de marfim


15 comentários:

  1. Neste mar o poema vinga
    mesmo sempre e até
    "uma rosa de sal".
    Para tempero de Maio
    o rio a vau atravessado...
    e o sol não se perdeu(?)

    Abraço.

    ResponderEliminar
  2. E abrimos novamente o caminho para a Vida...
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  3. Excelente poema.
    Gostei imenso.
    Continuação de boa semana, caro amigo.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Quando aspirada a essência das coisas, o verso só pode chegar "dulcíssimo" à boca do leitor. Belo!
    Bj, Filipe 😊

    ResponderEliminar
  5. Bom dia, poema é perfeito, sopra o espinho amargo para procurar algo mais doce.
    AG

    ResponderEliminar
  6. A doçura...apesar do sal necessário às rosas.
    BJ

    ResponderEliminar

  7. Tentamos ser procurar algo
    amenizante.
    Gostei.
    Um abraço amigo.
    Irene Alves

    ResponderEliminar
  8. Um doce e belo entardecer!
    Lindíssimo poema.
    Bjs
    Ailime

    ResponderEliminar
  9. Uma bela imagem...
    "Neste chão de ressonâncias
    marés vivas
    marmotos
    marinhas valentes
    e outros relâmpagos..."
    Boa noite!

    ResponderEliminar
  10. É, agora, um rio com aromas de maresia.

    Beijinho, Filipe.

    ResponderEliminar