A letargia dos barcos
surpreende todos os silêncios
neste cais
onde nada é inútil
mas tudo é tão frágil
e nada mais acontece
neste cais
os pássaros em desassossego
banham-se à sombra dos mastros
espantam-se de tanto se olharem
na concha das nossas mãos
e nada mais acontece
até o cais ser um cristal
mais forte que o seu brilho
golpe de asas e seara
contra todos os destinos
Nesse dia
ai nesse dia
de tanto querer voar
nos tornaremos alados
no espelho da água
mais livres que os pássaros
Eufrázio Filipe
Quem dera voar assim.
ResponderEliminarGostei.
ResponderEliminarum beijinho e bom fim-de-semana
Que esse dia chegue rápido, Mar...também eu queria voar tão livre, ou mais, que os pássaros!
ResponderEliminarBeijo, bom fim-de-semana.
ResponderEliminarhá muitas formas de voar, por isso, mesmo não sendo pássaro é possível voar. Bjs
"Neste cais" tudo acontece porque assim o determina o teu voo.
ResponderEliminarSempre pássaros, os teus dedos!
Bjinho, Mar :)
O silêncio do cais :)
ResponderEliminarBeijos
Se a memória não me falha acho que já comentei este belo poema.
ResponderEliminarDe qualquer forma, ao relê-lo, 'vejo' que tudo 'acontece' aos olhos do poeta.
Um abraço.
ResponderEliminar...este voo tão alto
acima de barcos e cais
que já nem avisto penas
É eu rente às águas
pergunto onde vais?
Abraço.
Caro LUIS
ResponderEliminarGrato pela sua boa memória
Agostinho
ResponderEliminarAprecio muito as tuas metáforas
Abraço
Não imagino o que é ser mais livre do que um pássaro. Mas deve ser, com certeza, muito bom!
ResponderEliminar"Nesse dia
ResponderEliminarai nesse dia
de tanto querer voar
nos tornaremos alados
no espelho da água
mais livres que os pássaros"
como eu sinto saudades de quando era livre.
que belo poema.
bjs
Penso que estou a perder a pouca capacidade de comentar poesia que em tempos tive, mas gostei muito deste cais onde um dia seremos mais livres do que os pássaros que trazemos nas conchas das nossas mãos...
ResponderEliminarBjo
Maria João
Belas palavras!
ResponderEliminarBj
Que venha esse dia, amigo. Então tudo acontecerá tão rente ao coração que ganharemos o voo verdadeiramente livre...
ResponderEliminarUm belo poema, este.
Uma boa semana.
Um beijo.
E os pássaros voam para esse cais porque é mais seguro.
ResponderEliminarNesse dia, eu quero estar entre os pássaros.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Nesse dia li, observei e gostei.
ResponderEliminarPrazer em conhecer seu blog.
janicce.
Um poema muito belo.
ResponderEliminarA fragilidade que nos limita no “voo mais livre que pássaros”.
Beijinhos,
Ailime
Um dia eu vou conseguir voar... para o "céu".
ResponderEliminarBelo poema.
Só ao poeta é permitido voar assim...
ResponderEliminarGosto deste cais, onde me deleito...
Abraço
ResponderEliminar...mas "os pássaros olharem-se na concha das nossas mãos..." já é um acontecer tão poeticamente redondo!..
Beijinho EF