sexta-feira, 16 de setembro de 2016

NÃO SE AJOELHAM OS BARCOS

No largo da minha rua
lá onde a lonjura
desponta torvelinhos

à flor das águas
resistem maduras
"as vinhas da ira"

agigantam-se a dardejar
memórias de ventos e relâmpagos

No largo da minha rua
chove na boca das sementes

não se ajoelham os barcos

Eufrázio Filipe
2914 . presos a um sopro de vento .- poética edições

17 comentários:

  1. Há a vida a acontecer...
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. ·.♪♫╮
    Muito lindo!
    Bom domingo! Boa semana!
    ♪♫╮✿ه° ·.

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  3. Não se ajoelham nunca!
    "No largo da minha rua
    chove na boca das sementes

    não se ajoelham os barcos"
    Boa noite e boa semana!

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  4. Memórias que se querem perenes, das vinhas, das quintas, da ira bem centrada.

    Belo!

    Abraço

    Olinda

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  5. Virtuoso mote, Poeta.

    pelas esquinas dobradas
    ao vento do descaminho
    as bandeiras da utopia apontam
    a verticalidade do rumo

    abraço

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  6. Há barcos que nos saltam do peito agitando o coração...
    Mais um belíssimo poema, meu amigo.
    Uma boa semana.
    Beijos.

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  7. pois não, não se ajoelham os barcos

    e a coragem dos pescadores é sempre igual ao seu medo

    boa semana.

    beijos

    :)

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  8. Daí que talvez as sementes germinem com maior facilidade.
    Mais um excelente poema, meu amigo.
    Eufrázio, tem uma boa semana.
    Abraço.

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  9. seria um espectáculo constrangedor (para não lhe chamar degradante) "um barco de joelhos". confesso que nem sequer em "procissão" gosto de ver os barcos.

    os barcos são mesmo feitos para navegar! e quando já não são capazes... colapsam. é a vida! ...

    mas os barcos não ajoelham, de facto! nem sequer no interior das metáforas!

    excelente poema. gostei, deveras!

    abraço amigo

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  10. São de natureza rija, feitos para passar cabos de tormenta.
    Os homens são feitos de fragilidades.
    (Bem sabes que a tua poética é extremamente singular)
    Bjo

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  11. Gracias por pasar por el blog tuve un error y se me borraron todos los comentarios que habia en algunas entradas que mal verdad.
    ‌Si sento si en alguna no te respondo por lo que ya te comentado.

    Me gusta mucho el tuyo.

    http://anna-historias.blogspot.com.es/2016/09/muerte.html?m=1

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  12. Boa noite,
    O largo das memórias onde tudo se reacende.
    Magnífico poema.
    Beijinhos,
    Ailime

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  13. tempestades com ventos de ira...
    e proas em lagos de sabedoria.

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