Cais da Mundet Seixal
Pelo sulco das águas
regressei
ao intacto brilho do cais
beijei o chão da escarpa
como se estivesse a celebrar
o princípio das memórias
Lá estavam os barcos
no baloiço varino das marés
os cães na proa
mastros a dardejar
onde resistem
pássaros efémeros
Lá estavam
os meus pés nos teus
Eufrázio Filipe
E escrevem-se memórias no baloiço do tempo...
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
ResponderEliminarE quando voltou à escarpa encontrou tudo o que é preciso
para nos deliciar com a suas metáforas: os barcos, os cães,
os pássaros, as memórias...
Abraço
Olinda
um regresso bem balanceado.
ResponderEliminare certamente bem auspicioso - com pés para andar.
belo poema, meu caro Poeta
abraço fraterno
Com remos e pronto para aventura no infinito baloiçar.
ResponderEliminarAs palavras sonham o Poeta que as adivinha.
A tua escarpa... É dela que avistas as memórias, a efemeridade dos pássaros, "o intacto brilho do cais"...
ResponderEliminarMaravilhoso, meu amigo.
As partidas só fazem sentido se houver chegadas. Com afectos, desgastados no vislumbre do horizonte, ainda mais.
ResponderEliminarSempre bem, meu amigo.
Abraço
Sim, regressar...
ResponderEliminar"Pelo sulco das águas
regressei
ao intacto brilho do cais."
Um bom Verão!
Intenso e bonito.
ResponderEliminarabraço
bonito..
ResponderEliminarDe lá vem suavidade da brisa a provocar reações tão só nossas.
ResponderEliminarCadinho RoCo
e estavam bem
ResponderEliminarum abraço
Sabe tão bem regressar.
ResponderEliminarLindo poema.
Um abraço
Maria
O barco parte todos os dias, logo ao amanhecer; o mar revolto faz com que a viagem nem sempre seja serena, mas também todos sabemos que há marés, altas e baixas como na vida; o que importa é que volte ao seu porto de abrigo para que de novo, ao amanhecer se lance à agua, pedindo sempre que o navegar seja tranquilo. Enquanto a vida assim o permitir, lá vai o barquinho e nós remando esperando que o porto de abrigo lá esteja preparado para nos aconchegar. Foste e voltaste, amigo e espero que tudo tenha corrido bem. Agora vai ser a minha vez ; uns dias de ausência para, se assim o quiser a vida, voltar e começar de novo. Um beijinho e até breve
ResponderEliminarEmilia
Encontraste(-te) no lugar e era o teu mar.
ResponderEliminarAbraço fraterno Poeta.
E como é bom ver essas imagens...
ResponderEliminarExcelente poema, como sempre.
Eufrázio, tem um bom fim de semana.
Abraço.
É
ResponderEliminarmuito confortante voltar ao nosso chão...
Um regresso, brilhante e colorido feito
pelo sulco de águas calmas, mereceu
um belo e sentido poema de emoções,
como reencontro com os seus amigos.
Revigorado, esperámo-lo.
Bj ~~~~~~~~~~~~~~
Belíssimo o ritmo à medida das ondas do rio... (por momentos um arrepio: passou-me pela vista «Esteiros» de boa/má/triste memória que li e analisei com os alunos há muito tempo atrás)
ResponderEliminarÉ sempre muito bom regressar ao nosso ninho.
ResponderEliminarRegistá-lo assim, é único.
:)