Partiram como se as mãos
apenas servissem para dar
de beber às fontes
partiram para a água seguir
os seus passos
sábios e mudos
asas presas nas sombras
barcos descontentes prometidos
música funda tão limpa de areias
partiram de perfil
quase submersas
de poentes e salivas
Subiram todos os degraus do cais
despiram-se na biblioteca
para ler
a profanação das metáforas
e o mar crescer
nos mastros mais altos
Eufrázio Filipe
o poema é a porta por onde passam todas as metáforas...
ResponderEliminarUm beijo.
O mais importante eh partir...
ResponderEliminarBelo poema.
ResponderEliminarA imagem é de igual forma magnifica e impactante, calça que nem uma luva, as suas palavras.
Fica um beijo.
é verdade, Poeta - até as metáforas perdem a inocência!
ResponderEliminare a biblioteca o lugar certo para a sua profanação (das metáforas)! ou para a sua reinvenção: depende do livro que escolheres!
mas que sou eu? "caças" tu mais metáforas numa página que este teu amigo num livro completo.
excelente, está em forma.
abraço
Partir, desvendar o horizonte e depois regressar....
ResponderEliminarMesmo que não se tenha descoberto tudo...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
MAR ARÁVEL, mar, que em recorrentes sonhos consigo palmilhar, sim, pois sempre imaginei que poderia caminhar pela água, eis-me numa braçada longa, nadar até ao teu cantinho.
ResponderEliminarRetribuo a visita ou consideremo-nos sempre visitados...
Tenho passado pouco, pois a vida mudou e o cansaço apodera-se de mim para outras "tarefas".
Abracinho.
Muito bom, poeta!
ResponderEliminarPelo que se vê,
há metáforas que se insinuam
no poema.
E cavalgam lombadas
à espera que um dedo
no dorso e no verso
as percorra lambido.
Abraço.
~ ~ ~
ResponderEliminarMuito belos e refrescantes
são os teus poemas, Mar.
Não quero profanar as tuas metáforas...
~~~ Beijo ~~~
Sabes poeta?,
ResponderEliminarquem parte assim
fica sempre
dentro da gente
que cresça o mar
PALAVRAS, METÁFORAS, POESIAS, SÃO DESNUDADAS NAS BIBLIOTECAS ONDE ESPERAM PARA SEREM ENFIM, PROFANADAS.
ResponderEliminarABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Acho que não partiram, regressaram ao seu destino. Belo!
ResponderEliminarUm beijinho
Não gosto de partidas, deixam-me sempre com o coração desolado, mas adorei o seu poema.
ResponderEliminarUm abraço
Maria
Belo poema de partida, que é também de chegada. :)
ResponderEliminarAchei bonito!
ResponderEliminarParabéns!
bj
Só consigo deixar espanto e partir como se não tivesse entrado neste mar de metáfora...
ResponderEliminarBjo, Filipe :)
Tudo o que é profanável é profanado... nada escapa e muito menos as metáforas...
ResponderEliminarCaro Eufrázio, tem um bom fim de semana.
Abraço.
Olá Poeta,
ResponderEliminarO poema é de tal forma lindo (e difícil), que desta vez fiquei submersa nas metáforas!
Beijinhos,
Ailime
partiram e
ResponderEliminarvoltaram mais sábios
mesmo que as metáforas
fossem (ou não) profanadas.
gostei!
boa semana.
beijo
:)
Se o mar cresceu nos mastros mais altos, foi legítimo que profanassem as metáforas...
ResponderEliminarUm poema muito belo e muito bem ilustrado, meu amigo.
Um beijo.
Belas metáforas, querido.
ResponderEliminarBeijo.