Cais das colunas - Lisboa
Não sei quem és
mas pelos gestos vieste por bem
rasgar o vento com as mãos
a neve dos meus cabelos
e eu cansado de florestas apócrifas
das palavras em bando
comecei a plantar árvores
vi os pássaros regressarem
em acordes
a luz das noites que não dormem
na partilha de horizontes
o amor é revolucionário
voa nos mastros mais altos
garatuja búzios de sons
intervém por causas
muito para lá das utopias
e se levanta resiste
ao pôr do sol
mesmo que os barcos entristecidos
estilhacem
nos espelhos da água
algumas pedras com vida por dentro
registo por um instante
o ar que nos move
pinto com a boca
uma flor vermelha
nas paredes do cais
eufrázio filipe (2011)
um cais, devia ter sempre um barco
ResponderEliminare uma flor vermelha no mastro mais alto ou nas paredes desse cais, sim
Quando alguém especial chega, o nosso caminho se ilumina e a nossa vida fica com mais cor.
ResponderEliminarBelíssimo poema.
Um abraço
MAria
Muy,muy bonito! :)
ResponderEliminarBeijo
Eu sei que fui por Bem...
ResponderEliminarGostei e tudo de bom, também.
ResponderEliminarum beijinho
Gábi
«o ar que nos move»
ResponderEliminarQuando se partilha horizontes, o amor vive.... Apesar das pedras e das tristezas que toldam o dia...
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
Eu gosto de ver os barcos no cais. Mesmo que um poeta meu amigo, me diga que "um barco preso ao cais é sempre um sonho preso".
ResponderEliminarUm abraço e bom domingo
Uma foto e um poema magníficos que erguem bem alto a voz do Poeta!
ResponderEliminarBeijinhos,
Ailime
Pinte-se de vermelho a flor primeira!
ResponderEliminarBeijinhos, MA. :)
"Uma flor vermelha nas paredes do cais". Um cais de chegadas e partidas que a voz do Poeta sabe povoar de pássaros, de árvores, de búzios e de amor...
ResponderEliminarUm poema muito belo, meu amigo.
Beijos.
flor vermelha nas paredes do cais...
ResponderEliminarqual flor clandestina a incendiar os barcos - festivos!
abraço, Poeta
Daqueles encantos que vêm em sopro, em cor e em poesia: A flor vermelha.
ResponderEliminarO amor é revolucionário e se harmoniza com a tua bela poética
ResponderEliminarde metáforas neste registro único.
Ela (a musa), tua amada é especial, sendo o poema
semeando os teus dias!...
A tua poética sempre um voo além dos horizontes!!
Bjs.
Pintor de flores vermelhas. Criador de poemas que se reflectem nas águas.
ResponderEliminarAbraço fraterno
Muito bela, a tua poesia. Alimento, oxigénio para existir e resistir. Bem hajas, querido Camarada!
ResponderEliminarLuís Filipe Maçarico
ResponderEliminarSendo o amor revolucionário, amemo-nos e assim realizaremos grandes feitos nas nossas vidas, construindo um cais de chegadas.
Abraço
Olinda
Podemos ter o cais de barcos ancorados que descansam após a viagem e o cais da vida em que esperamos sempre a chegada de algo.
ResponderEliminarMuito belo este poema
Bjgrande do Lago
Como compreendo o que vento te traz
ResponderEliminarComo a rosa que pintas no cais...
Abraço, poeta.
São cravos meu caro poeta
ResponderEliminarContra ventos e marés, ir... Sempre!
ResponderEliminarNuma lufada de ar fresco, como a tua poesia.
Bjo, amigo :)
Por aqui respiram-se sonhos.Gosto muito deste cantinho de poesia. Parabéns por essa capacidade de sonhar através da poesia e por nos incitar também a fazê-lo consigo.
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