sábado, 16 de janeiro de 2016

UM CORPO DE ASAS







Queria ver uma multidão
uníssona
em cada gesto teu
e vejo


queria que tivesses um oceano
organizado
no azul dos olhos
e vejo


queria que fosses um corpo de asas
mas insistes em chamar às coisas
apenas o nome que elas têm



eufrázio filipe


(publicado no Chão de Claridades)



23 comentários:

  1. Muito belo!
    Torna-se necessário ampliar os voos.
    Bjs
    Ailime

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  2. Nem sempre se consegue voar.... e libertar-se no espaço....
    Lindo....
    Beijos e abraços
    Marta

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  3. Pois! Daí que nem todos possam ser poetas, Poeta!

    Um beijo

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  4. E como a esperança nunca morre, também um dia "verás" mais "corpos de asas".
    Por isso se insiste: por palavras (como as tuas) que levem a atos.
    Um poema brilhante, Filipe.
    :)


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  5. Como dizia Miguel Torga: "sem amor nenhuns olhos são videntes"...
    Mas tu, Poeta, vês e sentes.
    Muito belo, meu amigo.

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  6. do chão também nascem Claridades. e estrelas...
    nada que tu não saibas - e que tão bem cantas!

    abraço fraterno, Poeta

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  7. Este corpo de asas só para os Poetas,
    que sabem que os sonhos penetram
    no chão com claridades!...
    Bjs.

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  8. Nós somos uma multidão dissonante, quase sempre. Este poema é uma multidão de sentidos em uníssono. Belo.

    Bj

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  9. Um poema que traduz tanta realidade...
    Há quem nos consiga fazer ver tudo o que sonhamos, mas recusa-nos a dádiva de viver o sonho!
    Tão simples, tão complexo, tão belo e misterioso como o mar...

    Beijos.

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  10. Bom dia, se um dia conseguir libertar a alma e voar em liberdade sem rumos como as nuvens, consegue concretizar o seu desejo que também é meu, o poema é lindo.
    AG

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  11. Existe sempre um lugar

    Meu caro comentador
    faça como os pássaros
    liberte-se

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  12. Gosto de andar por este "Chão de Claridades".
    Tem tudo do que precisamos: ideias aladas,
    oceanos que se evolam em maresias, no encantamento
    do vento e dos pássaros.

    Abraço
    Olinda

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  13. É possível ver tudo nesse Chão de claridades. Basta voltar...

    Abraço fraterno da distância que não é ausência. Meu irmão

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  14. Eu vejo
    um "corpo de asas"
    em cada coisa que é
    Haja um sopro de ver
    a correr nos cumes
    do imaginar.
    Eu vejo:
    tu, poeta, sempre no cume.

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