Quando as realidades
e o poema despontam
escrevemos no papel
das paredes
verdades improváveis
palavras de carne e sonho
surpreendemo-nos
em todos os apeadeiros
sem empecilhos de margens
nem destinos
deixamos nómada o rio
à flor da pele
o teu corpo anfiteatro
onde os pássaros crescem
em coro
e as minhas mãos
Deste tempo guardo
a ambiguidade de algumas pedras
onde o silêncio exalta
o contorno das paisagens sibilinas
Revejo nos mais elementares esconderijos
os teus bosques preferidos
as precárias definições
Eufrázio Filipe
E quebramos todas as regras,
ResponderEliminar_ indiferentes ao que não seja apenas o'sonho'.
Quando é o poema que se esconde nos bosques, a poesia revê-se.
ResponderEliminarAbraço poeta irmão
Templo de memórias...
ResponderEliminarAbraço.
As palavras de carne e sonho são as que fazem mais sentido :)
ResponderEliminaresconderijos onde erguemos as nossas verdades!
ResponderEliminarcorpo anfiteatro e palco de pássaros acesos...
ResponderEliminarque precários são os dias de hoje!
abraço fraterno, Poeta!
ResponderEliminarSugestivo, sem dúvida
"Deste tempo guardo
a ambiguidade de algumas pedras
onde o silêncio exalta
o contorno das paisagens sibilinas"
Bj.
Poema lindo.Gostei muito.
ResponderEliminarBeijo.
Como sempre muito boa poesia.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Irene Alves
Poema carregado de mistério.
ResponderEliminarSubcutâneas mensagens.
Subliminares.
Belo sempre!
Abraço, poeta!
(* Lembrança: algum comentário já se publicou no alem do quintal. Talvez fique facilitado, poeta. Caso esteja tentando de telefone móvel, talvez seja preciso selecionar a tua conta para ativá-la)
Tudo se torna precário mais tarde. Mas aquele agora em que a perceção do real se plasmou no verso, será perene.
ResponderEliminarMais um poema de arte!
Bjo, Filipe :)
Volto sempre ao local do "crime", neste caso o "crime" de gostar de boa poesia e de me identificar com tanta vida que existe nos teus versos.
ResponderEliminarHá já uns bons anos, a prova da minha admiração e amizade é que me lembro sempre, seja qual fôr a distância e o espaço no tempo.
Bj
De verdades improváveis nascem poemas que, provavelmente, ninguém conseguirá descobrir onde ficam os esconderijos que os orientam e inspiram...Belo demais para descrever!
ResponderEliminarUm abraço, Poeta!
Parabéns caro poeta. Bela poesia!Parabéns pelo blog.Abraço.
ResponderEliminar... como vês há diferença(s) entre o que 'escreve' e o que 'poeta'.
ResponderEliminarGostei muito do poema de 'palavras de carne e sonho'.
Beijos
Palavras precárias. Tantas...
ResponderEliminarNão as deste belo poema.
Um beijo, amigo.
ResponderEliminarDe precariedade são os nossos dias, indefinidas
são as nossas horas.É de verdades que mais precisamos, por mais
improváveis. Mas elas escondem-se em bosques de enganos.
Belo poema, caro Poeta.Obrigada.
Abraço
Olinda
esconderijos que só o Poeta sabe.
ResponderEliminartão belo!
:)
Deixamos que a Vida corra sem a sobressaltarmos com decisões e discernimento consciente; assim a precariedade.
ResponderEliminarBelo Poema.
Abraços
SOL
Gosto muito dos poemas desta sua última fase.
ResponderEliminarBom dia. :))
O poeta venturoso lê nas precárias condicões a coragem da aventura.
ResponderEliminarOlá, Filipe
ResponderEliminar"palavras de carne e sonho" que nos falam através de metáforas ansiosas.
abç amg
escrevemos no papel
ResponderEliminardas paredes
não será precária essa escrita
um abraço