Se a morte existisse
os teus olhos clarinhos
não seriam tão azuis
nem se demoravam nos céus
mas hoje o mar sangrava
espumas brancas
lenços de linho
pelas ruas deste chão
Quando desenhaste círculos no ar
para traduzir um rumo
contra o vento
à flor das mágoas
já desembarcavam
murais em carne viva
e eu sabia que serias a última
a partir
só não sabia que eras tu
Na verdade
onde se gera a metamorfose
pedra sonho
muito antes da luz afagar
a síntese da tua nudez
todo o espaço exíguo
se liberta
Eufrázio Filipe
Tão lindo e profundo isso!
ResponderEliminarSempre um aprendizado ler-te, obrigada pela partilha.
Belíssima composição.
ResponderEliminarParabéns.
Abraços
SOL
Um poema "em carne viva".
ResponderEliminarabç amg
Muito belo profundo!
ResponderEliminar"Todo o espaço exíguo se liberta" na leveza do ser!
Bjs,
Ailime
há aparições tão intensas,
ResponderEliminarque todo o espaço é exíguo...
muito belo, Poeta.
abraço fraterno
Há seres etéreos. Poucos são os capazes de os desnudar...
ResponderEliminarE eu deslumbro-me!
Bjo, amigo Filipe :)
ResponderEliminarno olhar a nudez perfeita...
muito bom!
:)
bom fim de semana.
beijo
ResponderEliminar"Se a morte existisse"...
Um beijo
Poeta,
ResponderEliminarNão visualizo os comentários que deixo no teu poema.
Espero ter mais sorte agora.
Abraço afetuoso!
Na subida linguagem do poeta, as palavras são feitas de luz.
ResponderEliminarBeijo
Até que se lance luz a realidade, o sonho é possível...
ResponderEliminarBeijo.
" o poema ensina a cair"
ResponderEliminarLuísa Neto Jorge
Bom fim de semana e abracinho :)
Belíssimo poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Não sei se primeiro escreve o poema e depois procura a imagem, ou vice-versa!
ResponderEliminarA verdade é que há uma simbiose perfeita entre ambos.
A ideia de Liberdade, o escapar a algo para que se estava predestinado está toda aí, implícita no seu poema e de acordo com a imagem, Eufrázio!
O jogo de palavras é muito mais do que o afagar da nudez! É a fuga para a Luz, o deixar de ser um mural em carne viva!
Estou impressionada e maravilhada! Bem-haja, por isso!
Beijinhos.
"À flor das mágoas", na linguagem lindíssima do poeta, que escreve com o sangue...
ResponderEliminarUm beijo.
A luminosidade despida a preencher o espaço
ResponderEliminardo todo espelhando livremente o sonho...
Poeta, a tua poesia nos arremata ao mistério do belo!
Bj.
Liberdade em forma de poema, Vida.
ResponderEliminarAbraço
O espaço exíguo dilata-se na metamorfose da carne. Há sonhos em que as pedras se animam.
ResponderEliminarExcelente a cena do poema. Ou o poema da cena!
"Se a morte existisse"
ResponderEliminarMagnífico, Eufrázio.
Beijo
ResponderEliminarUma nudez vestida de belas metamorfoses.
Onde tudo é possível.
Abraço
Olinda
Gostei muito deste poema. Parabéns pela escolha da imagem que o ilustra tão bem.
ResponderEliminarBoa semana. :))