sexta-feira, 17 de abril de 2015

QUE FIZESTE DAS NOSSAS FLORES?



                                                           publicado em 2008



As árvores viajam
na sombra do verde
um sussurro de folhas
e tu foges dos ramos

amanheces tão distante
que nem os meus olhos
descobrem os teus gestos

as árvores viajam
onde acontece a flor do fruto
no chão
e os pássaros sem amos
deixam que a sombra se rebente

meu povo
que fizeste das nossas flores?


31 comentários:

  1. Quando é que as flores vão voltar a fazer a Primavera?
    Abraço Poeta irmão

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  2. A natureza tem os seus ciclos definidos. O povo fica refém de ciclos. Obscuros, quase sempre. Talvez as flores acabem por ser os danos colaterais...
    Bjo :)

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  3. De facto, é caso para perguntar, porque a Primavera tem sido tão "hostil", que nem dá para o renascimento da natureza.
    Metáfora política, de que gostei, poeticamente.

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  4. Uma pergunta pertinente num poema que me deixou emocionada.

    beijinho

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  5. Talvez um dia o povo responda.

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  6. E as flores, mesmo no chão, ou aí, hão-de dar fruto.

    Abraço,

    mário

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  7. ~
    ~ ~ Que fizeram dos nossos alegres cravos vermelhos?!

    ~ ~ ~ Temos de encontrá-los e, emocinados, levantá-los bem alto.

    ~ ~ ~ ~ Urgentemente, amigo...

    ~~Beijo~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
    .

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  8. Boa tarde, necessitamos de uma nova primavera em Abril, assim o povo vai poder recolher novas flores.
    Poema é lindo e objetivo.
    AG

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  9. As árvores e os pássaros, a flor e o fruto, uma combinação perfeita. As flores germinarão de novo...

    Abraço

    Olinda

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  10. Talvez brotem de novo, as flores. Tenhamos esperança.

    Beijos. :)

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  11. Quando cada flor é um convite de amigo à nossa espera...
    Beijo, meu amigo.

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  12. Deixar-se levar pelo anseio das árvores... Sair em busca das flores perdidas... Anseio poético em busca da harmonia que se perdeu? Abraços, poeta amigo.

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  13. Os poetas sempre reivindicam
    a beleza roubada,
    a poesia recolhe as imagens
    encantadoras da natureza bela,
    mesmo que os homens destruam
    cada vez mais...
    Bj.

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  14. Não se pode viver na sombra das flores de uma única e passada primavera.
    Para isso, a cada primavera há o nascer de novas flores. A natureza não estagna.

    abç

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  15. A primavera urge!...
    É preciso replantar as flores!!!

    Ótima semana!
    Beijinhos.
    ♬♪ه° ·.

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  16. (do poema)

    Quero alcançar um pássaro
    (num voo leve)
    como o vento no silêncio

    um pulsar de asas
    (liso no vácuo)
    breve como a brisa
    livre como a minha pena.

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  17. Neste jardim, o tal à beira mar plantado, as flores parecem ser a quem mais vergonha sentem!... Este povo, em estado vegetativo, apenas sente, sofre e pela sua inércia se ficam!...
    Se as ervas daninhas não forem arrancadas pela raiz e queimadas como deve ser, vai ser o diabo para encontrar a flor que há no melhor de nós!...

    Abraço

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  18. Que venha um vento de muitos sopros
    e varra o lixo deste país
    e em cada boca vingue a flor de Abril.

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  19. Pois! As árvores nascem, crescem e dão flores; metaforicamente, as flores já nem conseguem ser símbolo de primavera. A árvore ficou sem viço, murchou e (até) desiludiu.
    É necessário plantar outra árvore.
    Poema magnífico.
    Parabéns.

    Abraços



    SOL

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  20. a sombra no voo de um pássaro

    e as flores que perderam o rumo de um povo

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  21. mas as flores virão com todo o seu fulgor e sua pujança...

    um dia que pode ser, já hoje ou amanhã..

    :)

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  22. ...E o povo cala e nada diz!

    Simplesmente, porque não conhece a resposta!...

    Beijinhos

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  23. Ao acalento das flores o libertar das sementes a então buscarem vida na terra macia e quente.
    Cadinho RoCo

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  24. Não pode viver-se refém de uma Primavera antiga e florida. A Primavera, essa um dia voltará, se o povo quiser amadurecer.
    xx

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  25. A imagem de uma mulher vestindo vermelho, ultimamente anda nos dando arrepios, mas é do meu país que falo e aqui, nunca nada funciona como deveria.

    O poema é maravilhoso, Eufrázio e é sempre um prazer te ler.

    Beijo.

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  26. Muito belo!
    Como foi possível o povo espezinhar o perfume dos cravos!
    Um beijinho,
    Ailime

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