sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

VERTIGEM DE PALAVRAS







Arredondadas as arestas
nunca os meus olhos
foram exagerados
quando pensava ver os teus
à flor das águas

por sobre as margens
no tempo dos jacintos
e das marés vivas
a desandar por um fio
nada mais aconteceu
a não ser

uma certa vertigem
de palavras na escarpa


Eufrázio Filipe

 

28 comentários:

  1. Gostei. "Vertigem de palavras na escarpa."
    Uma imagem muito poética.
    Um abraço e bom fim de semana

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  2. As palavras estremecem, mas conhecem bem a escarpa que habita o poema.

    Abraço meu irmão

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  3. Ou não fosse a escarpa
    Aquele (des)conhecido lugar
    onde o teu poema nasce e acontece

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  4. Mesmo sobre a escapa, tenta pensar ver os olhos que flutuam sobre as águas.
    Belo


    Abraços


    SOL

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  5. As palavras nunca exageram...
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  6. ~
    ~ Há sempre muita emoção na vertigem...

    ~ ~ Beijo amigo. ~ ~
    ~ ~ ~

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  7. Sempre um prazer ler e sentir suas imagens poéticas.

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  8. Por vezes vale a pena dançar no arame.

    Abraço,

    mário

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  9. Aqui, há sempre um mar/oceano de talento, e sem vertigens!

    Bom domingo!

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  10. A vertigem das palavras descendo a pique sobre a evocação de um certo olhar.
    Belo poema, como sempre!
    xx

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  11. Gostei, meu amigo, desta sua
    vertigem das palavras.
    Desejo que se encontre bem.
    Um abraço
    Irene Alves

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  12. A metáfora sempre sugerindo mais do que afirmando. Por tanto, a minha admiração.

    Um beijo

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  13. Boa tarde, as palavras são ou não são bem-vidas, alguma causam vertigens.
    AG

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  14. queiras ou não as palavras ficam gravadas na escarpa - como se o poema fora vertigem. apenas!

    forte abraço, meu caro Poeta.

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  15. Entre metáforas navegando, nada podemos dar como certo!
    Limamos arestas, vê-mos tudo com clareza, mas as marés vivas, vertiginosamente, transformam o sonho em escarpas difíceis de escalar.

    Ainda que assim não seja, gosto de dar a minha interpretação às suas divagações poéticas.
    Por certo um defeito meu.

    Um abraço poeta!

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  16. Um chão pontiagudo que brota palavras. E elas enamoradas acabam por ficar, elegendo a escarpa como sua morada.

    Abraço

    Olinda

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  17. E nas escarpas cresceram os jacintos para segurarem as palavras...
    Um beijo, amigo.

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  18. Eufrázio,
    Gostei do casamento entre a imagem e o poema.
    Parabéns.

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  19. é, nada mais aconteceu,
    mas vertigem
    e foi tanto

    belissimo poema, Eufrázio.
    beijo.




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  20. Como inventar uma verdade para vida sobre um fio... Escarpa é uma palavra lírica!
    Abraço,

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  21. É preciso ousar fazer travessias: poéticas e outras...
    Bjo, Mar :)

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  22. Por amor se ultrapassam quaisquer vertigens.

    Beijinhos, MA. :)

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