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VERTIGEM DE PALAVRAS
Arredondadas as arestas
nunca os meus olhos
foram exagerados
quando pensava ver os teus
à flor das águas
por sobre as margens
no tempo dos jacintos
e das marés vivas
a desandar por um fio
nada mais aconteceu
a não ser
uma certa vertigem
de palavras na escarpa
Eufrázio Filipe
28 comentários:
Gostei. "Vertigem de palavras na escarpa."
Uma imagem muito poética.
Um abraço e bom fim de semana
As palavras estremecem, mas conhecem bem a escarpa que habita o poema.
Abraço meu irmão
É como ver as palavras no fundo do abismo .
:)
Ou não fosse a escarpa
Aquele (des)conhecido lugar
onde o teu poema nasce e acontece
Mesmo sobre a escapa, tenta pensar ver os olhos que flutuam sobre as águas.
Belo
Abraços
SOL
As palavras nunca exageram...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
~
~ Há sempre muita emoção na vertigem...
~ ~ Beijo amigo. ~ ~
~ ~ ~
Sempre um prazer ler e sentir suas imagens poéticas.
E foi tanto...
:)
É a vertigem que mata...
As vezes gosto dos exageros...rs
Beijo.
Por vezes vale a pena dançar no arame.
Abraço,
mário
Aqui, há sempre um mar/oceano de talento, e sem vertigens!
Bom domingo!
A vertigem das palavras descendo a pique sobre a evocação de um certo olhar.
Belo poema, como sempre!
xx
Gostei, meu amigo, desta sua
vertigem das palavras.
Desejo que se encontre bem.
Um abraço
Irene Alves
A metáfora sempre sugerindo mais do que afirmando. Por tanto, a minha admiração.
Um beijo
Boa tarde, as palavras são ou não são bem-vidas, alguma causam vertigens.
AG
queiras ou não as palavras ficam gravadas na escarpa - como se o poema fora vertigem. apenas!
forte abraço, meu caro Poeta.
Entre metáforas navegando, nada podemos dar como certo!
Limamos arestas, vê-mos tudo com clareza, mas as marés vivas, vertiginosamente, transformam o sonho em escarpas difíceis de escalar.
Ainda que assim não seja, gosto de dar a minha interpretação às suas divagações poéticas.
Por certo um defeito meu.
Um abraço poeta!
Um chão pontiagudo que brota palavras. E elas enamoradas acabam por ficar, elegendo a escarpa como sua morada.
Abraço
Olinda
E nas escarpas cresceram os jacintos para segurarem as palavras...
Um beijo, amigo.
eu gosto de jacintos de água
e do tempo das palavras
Eufrázio,
Gostei do casamento entre a imagem e o poema.
Parabéns.
é, nada mais aconteceu,
mas vertigem
e foi tanto
belissimo poema, Eufrázio.
beijo.
Como inventar uma verdade para vida sobre um fio... Escarpa é uma palavra lírica!
Abraço,
É preciso ousar fazer travessias: poéticas e outras...
Bjo, Mar :)
Por amor se ultrapassam quaisquer vertigens.
Beijinhos, MA. :)
As palavras escarpadas resvalam em êxtase!
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