republicado
Neste porto desobrigado de fronteiras
e outros céus
vem à tona a energia imperecível
dos desertos
o perfil escarpado da luz
fragmentos de círculo
Nesta apoteose de neblinas
defino a brancura do teu corpo
de pátria movediça
como um prado onde refulgem
transfigurações de barcos
rumores de outros mares
Amo esta janela com vista para o vento
onde é possível ser eterno
por um instante
povoar o silêncio errante das metáforas
e viver apaixonado
no pulmão das marés
21 comentários:
Enorme este poema!
Que me traz a maré?
A mim que aguardo de pé
A maresia de alfazema.
O perfil escarpado da luz. Uma janela com vista para o vento. Palavras que a maré leva e traz...
Um beijo, amigo.
Amo esta janela com vista para o vento
onde é possível ser eterno
Gostaria de ter isso... a janela, o vento e a eternidade...
Gostei do poema e da foto, que tentei ampliar para ver o nome do blogue, mas não consegui...
Um bom domingo para si:)
A beleza do mar , "só" ou em companhia, por vezes tem um preço elevado.
Beijinho :)
a domar os ventos no (en)canto das metáforas...
belíssimo, Poeta meu irmão.
Poema como nevoeiro da manhã_ abre nossos sentidos para o 'rumor de outros mares',
obrigada
Belo!
Beijo.
Gostei do que vi para além da apoteose de neblinas...fascinam-me igualmente as neblinas .... o mistério, a cortina de fumo branco ...
Passando sobre metáforas em flor para respirar os rumores deste mar.
Bj.
~ ~ "... ser eterno por um instante..." ~ ~
~ ~ Arte poética veemente, original, subversiva e apaixonada...
~ ~ ~ ~ Dias ditosos e iluminados. ~ ~ ~ ~
Só os grandes poetas são eternos por um instante e sabem povoar o silêncio com versos tão delicados e tão profundamente lindos!
Sorrisos e estrelas na tua semana,
Helena
Só esse vento anima o imundo charco...
Beijo
Belo, muito belo!
"Pátria movediça", essa "janela com vista para o vento" que um dia nos devolverá a claridade!
Beijinhos,
Ailime
Linda esta janela com vista para o vento!
bjs
um porto desobrigado e uma janela com vista para o mar!
que mais pode desejar o Poeta?!
sublime!
:)
A vista desobriga-nos de qualquer ideia feita.
As palavras fluem em marés vivas e pasmam-nos na apoteose vertical da luz.
Beijos.
Olá,
"Saudades do que veio mas não ficou, saudades do que foi mas não partiu. Mas me partiu"
Parabéns! Adoro sua escrita...seus sentimentos na ponta da caneta!
Abraço forte e um excelente final de semana.
Na plena força das palavras...Eis-te!
Bjo, meu amigo
:)
Sobre o porto livre de limites, abres a janela e libertas o horizonte.
Belo poema.
Abraço meu irmão poeta
A janela que se abre para o mundo, onde os olhos se expandem...
Abraço Poeta!!
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