sábado, 4 de outubro de 2014

PRESOS A UM SOPRO DE VENTO



                                             a publicar em breve na Poética editora


Na véspera dos relâmpagos
os pássaros são eternos
conforme os apeadeiros

renascem ao som da folhagem
oferecem o corpo inteiro
e o desejo
pestanejam vírgulas
lábios remos e passos
numa cadência de asas

Na véspera dos relâmpagos
o mar organiza outros azuis
utopias em movimento
amplas claridades

sem âncoras nem limites
como nós
presos a um sopro de vento



24 comentários:

  1. "Na véspera dos relâmpagos
    os pássaros são eternos"
    A tua marca em todos os poemas, amigo.
    Um beijo.

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  2. Venham de lá os relâmpagos, a vida teima em acontecer.

    Abraço

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  3. Boa tarde, na véspera dos relâmpagos tudo é eterno e maravilhoso, com os relâmpagos vem a tempestade que faz da natureza ainda mais bela para sempre.
    Poema significativo com beleza.
    AG

    http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

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  4. Presos estamos
    ao sopro do vento
    na esperança
    eterna
    de novo alento
    asas abertas ao intento
    que avança.

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  5. Como nós presos a um sopro de vento e muitas vezes sem a possibilidade de organizar nossos azuis... Como o mar!
    Na véspera dos nossos relâmpagos nem sabemos ser eternos... Como os pássaros!
    Que belo poema, meu amigo!
    Que te chegue uma semana de sorrisos, de estrelas, de alegrias.
    Com carinho,
    Helena

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  6. Desta vez não vou deixar palavras minhas. Vou usar as palavras do Rogério.

    Acrescento apenas, que é na véspera das tempestades que os pássaros se inquietam e agitam.

    Belo poema!
    Um abraço.

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  7. Excelente poema! Poeticamente perfeito.
    « na véspera dos relâmpagos
    o mar organiza outros azuis»
    Tal como nós, toda a natureza se agita.
    Saudações poéticas.

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  8. Nós temos como liberdade
    apenas um sopro de vento...

    E não sabemos
    Nada sabemos!

    Semana feliz,

    Maria luísa

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  9. Um sopro poético sustém-nos na brevidade da espera.
    Intenso!

    Abraço.

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  10. Serenamente vou regressando.

    Não a toque de ventos e relâmpagos mas porque tenho saudades e tempo.

    Abracinho :)

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  11. os pássaros retornam, sempre, como o Poeta retorna na força dos relâmpagos....

    :)

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  12. E eu quero viver estas vésperas de relâmpagos.

    Belo!

    bjs

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  13. Quem como tu, Mar Arável, para entender o sulco dos ventos que anunciam relâmpagos.

    Abraço fraterno

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  14. Se calhar é na véspera dos relâmpagos que podemos sonhar...
    Excelente trabalho.
    Abraço

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  15. E como vamos resistindo presos apenas a "um sopro de vento"!
    Que as claridades não tardem!
    Beijinhos,
    Ailime

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  16. Os pássaros e o mar sempre a alimentar os seus voos poéticos.
    Lindo!

    beijinho
    FGê

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  17. Presos a um sopro de vento,

    os sonhos luminosos

    inscritos de mares...

    Infinitamente belo!

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  18. Não sabendo ler os sinais, o melhor é estar preparado para a intempérie...

    Aprecio imenso ler a tua arte poética.

    Bjo Mar :)

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