quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O PÃO LEVEDADO







Na ausência de relâmpagos
decepadas as videiras
tentas inscrever
à semelhança das marés
um traço azul
nas paredes do cais
nas intactas noites
de lua cheia
onde florescem vivos
os contornos da memória
a desbravar arestas

o pão
levedado


 

17 comentários:

  1. Vamos limar as arestas, o pão está levedado, porque esperamos?

    Abraço,

    mário

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  2. Apenas um traço azul lembra as mares... acho triste...

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  3. As arestas vão-se limando pouco a pouco, com tempo, paciência e carinho. A vida e o amor, tal como o pão levedado, não espera indefinidamente. Corre o risco de azedar...
    Gostei da metáfora e adorei o traço azul! Marca indelével e personalizada de uma alma poeticamente privilegiada!!

    Um beijo.

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  4. Haverá sempre um traço azul nas paredes do cais, e na nossa memória.
    xx

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  5. Imagética perfeita entre o sentir e o escrever!
    Abraço!

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  6. Tentamos desenhar linhas entre as memórias do passado e o que há-de vir...!

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  7. Se o fermento for bom confiemos
    o traço azul decidirá o amanhã.

    Muito bom.

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  8. Que lindíssimo espaço, gostei muito de ter passado por aqui...bjs

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  9. É como se este poema fosse escrito para mim (desculpe a ousadia)...há uma sintonia com o que acabei de publicar...e eu sei levedar o pão, nem concebo a minha casa sem um forno de pão...

    Beijos

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  10. O alimento da alma!... O corpo pode esperar.

    Beijo meu

    Lídia

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  11. Toda ausência 'decepa' da memória 'traços contornos arestas'
    como alimentar a alma ?

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  12. Que esse pão não demore muito a levedar. sempre profundo o teu sentir de poeta.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  13. Se o pão levedou não sentiremos a fome das palavras...
    Belíssimo, o poema.
    Beijo.

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  14. imagético!

    se o pão está levedado, não pode esperar.

    a minha mãe dizia que azedava.

    :)

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