quarta-feira, 25 de junho de 2014

INOCENTES ARDEM FAÚLHAS







Sempre que o mar
nos bate à porta
povoado de sílabas
só às mãos cheias
ousamos escrever
desprendidos
num abraço de luz
a crescer até às cinzas

Sempre que o mar
nos bate à porta
caminhamos por sobre as águas
no chão da casa

mas à hora da leitura
inocentes
ardem faúlhas


 

22 comentários:

  1. Na hora da leitura o teu mar incendeia-se.
    Belo poema.

    Uma abraço irmão

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  2. Serão mesmo inocentes as faúlhas que ardem, Mar?
    Não existem faúlhas sem fogo nem brasas sem lume!

    Um abraço.

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  3. Um mar para incendiar os passos (sobre a água).


    Beijo

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  4. Esta poema tocou-me bem ao fundo! Belíssimo! bjs

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  5. Ardem faúlhas no mar que nos bate à porta.

    Abraço,

    mário

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  6. "Sempre que o mar nos bate à porta" há barcos que incendeiam ausências...
    Um beijo, amigo.

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  7. Tenho caminhado tanto por sobre as aguas, sem encontrar o chao de minha casa...

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  8. ~
    ~ ~ Faúlhas inocentes-- elevada linguagem poética...

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  9. De um mar arável só podem sair mãos cheias de poemas.
    Gosto dos que sobrevoam ondas e nos batem à porta.
    Beijo meu.

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  10. sílabas como fagulhas ardentes - e um chão em brasa!...

    ... e um mar de espuma!

    abraço, Poeta!

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  11. Sabes que o mar me dá tanto medo!!!

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  12. Por vezes o mar inunda tudo o que o rodeias e não sobra nada.
    Sempre IMENSO sentir.

    Um beijinho
    Sonhadora

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  13. Lindo! O mar sempre fonte inspiradora!
    Bj
    Ailime

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  14. A Poesia tem
    o poder maravilhoso de nos arrebatar.
    Belos versos.
    Encantada
    Bom dia de domingo e uma nova semana
    excelente pra nós!
    Bjins
    CatiahoAlc/ReflexoodAlma

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  15. Também gosto de ler em voz alta estes poemas burilados na luz! Lindo.

    bj

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  16. O mar é inspirador, mas inspirados e originais são os teus versos que tão deliciosamente se saboreiam, sem conhecer a receita!
    BJO. :)

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  17. Juntam-se palavras
    dá-se-lhes um sopro
    e incendeiam-se
    as brasas rubras
    - o poema.

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