Num sopro de remos e passos
tento dar às palavras
a leveza das cinzas
silêncios expostos
derramados
na fissura das pedras
para agigantar em campânula
as paredes da casa
mas quando abro o portão
do cais
e solto os cães
para ouvir a escarpa
só os pássaros livres
não deixam de cantar
dardejam
nos mastros
para os barcos se moverem
25 comentários:
Enquanto o fulgor de asas sobre os mastros se fizer sentir, os barcos prosseguirão, à procura do rumo do sonhado.
Um beijo
Muito intimista este teu poema, que fala de silêncio e cinzas, mas não exclui o canto livre dos pássaros!
Um abraço.
Os teus cães sabem bem como levar aos pássaros livres a voz da escarpa.
Abraço Poeta
"Só os pássaros livres não deixam de cantar".
Abraço,
mário
Que haja sempre pássaros livres e
que os barcos sempre se movam.
Bj
Lindas as palavras com a leveza das cinzas!
Lindo! Que pelo menos os pássaros continuem a cantar. Bj Ailime
Deixa que os pássaros cantem...
Beijo
BShell
Blueshell
Canto com os pássaros
Que bom ainda haver pássaros livres. Que não lhes cortem as asas...
Beijinhos
Há sempre pássaros que cantam contra a corrente, felizmente!
Bj. :)
É obrigatório que a poesia voe em liberdade...
...talvez os barcos se movam...
Ainda bem que há sempre pássaros a cantar.
e esperamos que os pássaros livres nunca deixem de cantar.
mesmo que nem hajam mastros.
mas está a ficar difícil.
;)
Obrigada pelo lindo poema ,
que nos brinda a cada postagem.
Obrigada por fazer parte dos meus seguidores.
Um abraço carinhoso,Evanir.
só em liberdade, estimado amigo, o canto tem e dá sentido à vida.
é um prazer lê-lo, sempre.
fraterno abraço
Mel
pássaros quebrando campânulas...
em seu voo livre!
abraço, Poeta
Há pássaros assim.
Mas estão em risco de extinção...
Excelente poema. Gostei imenso.
Um abraço.
Muito profundo e intenso...
Gostei demais..
Bjos
Não sei que retiraria daqui, se quisesse enfatizar alguma coisa, porque está muito belo, o poema...
As vezes é preciso soltar os cães para que os barcos se movam.
Palavras desenham versos que eternizam imagens...
Atravessam oceanos pelos caminhos de vento...
Chegam, assim, tontas de voos e pousam leves (e livres) noutros portos...
(Assim teus versos me chegam)
Genny
Poesia com cheiro a maresia...
A poesia corre-te nas veias,
leve e livre,
como um sopro de espumas.
Surpreendente e bela, sempre.
Bom fim de semana :)
Só a liberdade faz do voo a plenitude dele!
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