Neste belo deserto
povoado de silêncios
lábios areias e coisas lindas
quando vi os pássaros
aos molhos
num só ramo da araucária
com pausas soletradas
numa cadência exausta
de trinados e vírgulas
levantei-me da sombra
com os cães
para colocar as palavras
em ordem
nos acordes da folhagem
e nada mais aconteceu
... aconteceu chegar a nós, leitores, para nos maravilhar.
ResponderEliminarBelíssimo.
Beijinhos :)
mariam
Para quê, se já de si foi tanto!
ResponderEliminarAconteceu poesia, sem vírgulas mas com as palavras em ordem.
ResponderEliminarAbraço
ResponderEliminarEsperava-se a floração, o fruto... Que ordem natural das palavras na folhagem se cumprisse...
Esperava-se.
Um beijo
Aconteceu, musicalidade, poesia... e um belíssimo momento!!!
ResponderEliminarAbraço!
Poeta,
ResponderEliminarSerias capaz de tal feito
nesta tenebrosa floresta
povoada de gritos?
É que é urgente que nada mais aconteça...
" Nada mais aconteceu?"
ResponderEliminarAconteceu sim senhor! A poesia aqui está com todo o seu esplendor!
Abraços.
M. Emília
... e muito aconteceu no poema. :)
ResponderEliminarHá sempre algo que acontece...
ResponderEliminarMesmo quando tudo parece ter acontecido algo mais acontece.
ResponderEliminarAbraço,
mário
gostei... mas podem as palavras colocar-se em ordem na folhagem dos poemas? ... Muto bom.
ResponderEliminarBeijo amigo
"Levantei-me da sombra como os cães", é poesia...
ResponderEliminar"Dirigi-me ao muro das necessidades como um cão", é porco.
Um abraço uns dias poeta, outros dias porco - hoje tive um dia cão!...
O que aconteceu, foi bastante...
ResponderEliminarBoa noite!
Como sempre Eufrázio, aqui a poesia acontece...!
ResponderEliminarUm beijo
Tanta poesia
ResponderEliminaraconteceu...
E que bela imagem!
Abraço, poeta!
E precisava, Eufrázio? A poesia já nasceu!
ResponderEliminar;))
bonitos,
ResponderEliminarsão os pássaros aos molhos
Neste mar de palavras acontece poesia.
ResponderEliminarQue belíssima simetria ( fosse assim em tudo na vida)
Beijo
Bonito e de alguma forma tranquilo.:)
ResponderEliminarE como se põem «as palavras em ordem»?
ResponderEliminarNão estou a ser capaz... «e nada mais acontece[u]»...
Beijinhos «povoados de silêncios»...
Por vezes, quando os silêncios belos são interrompidos pela ordem das palavras, calam-se os trinados dos pássaros e os acordes da folhagem.
ResponderEliminarAs vírgulas ganham asas, mudam o sentido das pausas...
a nada mais acontece!
Um beijo.
Eufrázio, faça-me um favor.
ResponderEliminarJá que se levantou da sombra para colocar ordem nas palavras, coloque um "e" e retire o "a" na minha frase final...senão, é a desordem total!:-)
Obrigada! Bom resto de domingo.
Aconteceu um poema de rara beleza e grande artífice da palavra!
ResponderEliminarBeijinho
aconteceu Poesia...
ResponderEliminare foi tanto!
abraço, meu caro Poeta
De certeza que nada mais aconteceu? É que os "ingredientes" estão lá todos!
ResponderEliminarBoa semana.
O poema é ótimo, e nada mais vai acontecer para impedir essa beleza.
ResponderEliminare nem podia acontecer mais nada...
ResponderEliminarbelíssimo.
beijos
Tão bonito, Eufrázio!
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ResponderEliminarE ao sétimo dia descansou...
abraço
Olinda