domingo, 3 de março de 2013

ATÉ A LUZ SE FAZER DIA




Com os barcos às costas
num sopro de vento
de porto em porto
a dobrar esquinas
a desbravar mares
a comer pedras sem destino
construtores de lonjuras
irreprimíveis

para lá das trapobanas
contra torvelinhos
silvestres
a domar escarpas
ao sabor das aves
que de tão abruptas
só poisam nos mastros

Num sopro de vento
andamos por aí a desbravar
arestas ruínas tempestades
até as águas correntes
se libertarem das crinas
invadirem o chão
para desassossego das sombras

De porto em porto
até a luz se fazer dia

 

27 comentários:


  1. [anunciado o dia,

    palavra que se faz urgência
    de ser luz.]

    um abraço,

    Lb

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  2. Luzes que convergem, relâmpagos para partilhar...

    Abraço

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  3. Vim ler o teu poema luminoso e deixar-te um abraço,

    Véu de Maya

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  4. Um pouco perdidos!

    Gostei da imagem.
    Boa semana!

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  5. E navegando vamos construir o mar para libertar os nossos barcos.

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  6. de porto em porto
    de cais em cais
    e
    a palavra se faz vela
    içada

    boa semana

    beijo

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  7. Andamos!... E isso traz-nos a certeza de outras paisagens.


    Um beijo

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  8. E assim é viver, de porto em porto até a luz se fazer dia.

    Bjs

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  9. que as marés se soltem - o Mar seja.

    arável.

    abraço, meu caro Poeta.

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  10. Assim vamos continuar a levar o barco as costas e chegar a bom porto de abrigo,e se fazer luz!
    Beijos e boa semana

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  11. É preciso continuar, num sopro de vento...

    Abraço poeta
    cvb

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  12. De porto em porto, até ao cais da Boa Esperança...

    Deixo um abraço

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  13. Magnífico poema! É urgente que essa luz irradie e rasgue todos os ventos que nos atormentam. Belíssima a sua poesia. Um beijinho e obrigada pelo seu carinho. Ailime

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  14. Que o soprar dos ventos desbravem as tempestades e desassosseguem as sombras!

    De porto em porto seguiremos
    até a noite ser dia...
    Por muito longa que a noite seja, um dia a Luz brilhará no fim da noite sombria.
    Esta certeza nunca nos deve abandonar.

    Um beijo.

    Janita

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  15. E quando a luz se fizesse, Poeta? Terminaria nossa jornada? Ou outros portos, outros mares nos impeliriam a uma busca sem fim? quem sabe... Seríamos sempre marujos cavalgando a vida, sonhando bonanças e vencendo tempestades... Uma boa semana, abraços.

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  16. "até a luz se fazer dia"

    seremos palavra.


    urge que assim seja.

    abraço daqui

    Mel

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  17. Por mais que queiramos "as sombras
    negras" nos perseguem...temos que
    saber dirigir bem o barco, atravessar
    marés agitadas, sem medo.
    Bj.
    Irene Alves

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  18. O tempo morto dos dias mortos de hoje são férteis sargaços para a floração de dias claros e novos.

    Uma questão de tempo,breve.

    Beijo

    Laura

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  19. Boa tarde
    Vim lhe desejar uma abençoada semana!
    abraço fraterno!
    Maria Alice

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  20. Que as sombras deixem de ser esconderijos e passem a ser um remanso e lugares de encontros...

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