Quando abri a janela
a deshoras
o mar uivava
cão lindo
na urgencia das marés
organizava sussurros
para dar sentido
a um sopro de vento
A noite estava escura
tão escura
que nem parecia noite
Foi preciso acender um fósforo
libertar das pedras
uma urze
os contornos da tua sombra
Belíssimo!
ResponderEliminarBeijo
Sónia
E a sombra liberta foi levada pelo vento de levante...
ResponderEliminarAbracinho meu!
Os sopros de vento têm sempre sentido....
ResponderEliminarmesmo nas noites escuras ou nas manhãs enevoadas!
Abraço
Depois de um texto, "limpinho".
ResponderEliminarA poesia absolutamente incontornável!
Fiquei sem palavras! Admirável este poema. Parabéns! E obrigado por poder lê-lo! Beijinho e boa noite.
ResponderEliminarLindo !
ResponderEliminarBeijinhos
Ana
Interessante. Assim como a imagem.
ResponderEliminarBoa semana!
sombra táctil... na febre das marés.
ResponderEliminarabraço, meu caro Poeta
Poeta! Quem como tu escreve no espaço das marés?
ResponderEliminarAbraço
Intrigante...
ResponderEliminarbeijinho
ResponderEliminar"Foi preciso acender um fósfofo, libertar da pedras
uma urze"
Tarefa complexa, esta, se tão escura estava a noite.
Um beijo
E se todos nós acendermos os punhos?
ResponderEliminarBelo poema. Um abraço.
ResponderEliminarE um sopro de vento trouxe até mim este belo poema!
ResponderEliminarBoa semana
beijinho e uma flor
Como identificar o real? O corpo ou sua imagem retratada em sombra? Basta acender um fósforo que se revela: mulher-pássaro inundando o olhar aprisionado na escuridão... Abraços.
ResponderEliminarQuando as sombras se libertam.
ResponderEliminarBelíssimo!
ResponderEliminar(Adoro as "legendas" que deixa nas minhas fotos, obrigada!)
Bjo*
Ainda bem que o vento estava fraquinho, ia ser complicado acender o fosforo...
ResponderEliminarOs contornos que a poesia deixa em nós !
ResponderEliminarUm poema com mar, marés, ventos, a cruzar uma noite escura, a lavrar sombras nas pedras. Que maravilha.
ResponderEliminarE muito as sombras nos podem falar.
ResponderEliminarBjs
A penumbra já é escura, mas só para quem se arrisca ao vento e odor da maresia pura não precisa asceder o fósforo, só o vento... . Lindo texto (poesia pura e nua e crua)! Beijo
ResponderEliminarLindos estes contornos em palavras e imagem. Só vi que tinha este poema hoje. Uma postagem de Ano Novo que privilegia o nascer do ano.
ResponderEliminarParabéns!
ResponderEliminarQue se acendam todas as luzes possíveis, há sombras a resistir demasiado à alegria cromática da esperança.
Um abraço, Eufrázio
por vezes fico sem palavras e sinto-me muito pequena para fazer um comentário fiel à poesia do E. mas
ResponderEliminareste poema não foge à regra do que tenho lido
é muito bonito e só o prazer de ler estes versos
A noite estava escura
tão escura
que nem parecia noite
não há palavras...
muito belo....
Sempre o mar.
ResponderEliminarSempre belo.
Sempre um poema.
O contorno é e feito com o coração, obra dos sentimentos... Além de belo o poema, tu ainda nos brinda com Magritte, de quem sou fã...
ResponderEliminarGosto muito deste,
ResponderEliminarlibertário.
Abç
Adoro todos os seus poemas e sigo atentamente as suas publicações
ResponderEliminar