terça-feira, 2 de outubro de 2012

UM CHÃO DE ESTRELAS





Solta de cores
participa espontânea
na construção de linguagens
a preto e branco

No Outono a minha árvore preferida
fica mais leve de palavras
chega a passo
desnuda-se da folhagem
para desafiar o vento
a soletrar hinos incomensuráveis
pelos dedos

vem habitar
um chão de estrelas


 

37 comentários:


  1. A "construção de linguagens a preto e branco" é de uma realidade pungente.

    Belíssima metáfora!

    Um beijo

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  2. E esse chão de estrelas pode proporcionar o aparecimento do arco-íris, emprestando a sua luz às gotas de chuva que aparecem no outono da vida.
    Beijinho

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  3. Na construção de linguagens que,no Outono,são sempre de amor.

    Abraço,
    mário

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  4. Parece banal dizer que é bonito mas é! De verdade!

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  5. O outono é assim, árvores despidas chão atapetado de folhas, cores lindas, cheiros de marmelada, geleia, doces. Adoro Setembro e adorei o poema.

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  6. nas cores de outono, são as palavras ainda, armas contra a nostalgia dos dias que tendem a escurecer.


    sempre um prazer lê-lo, Eufrázio.
    abraço daqui

    Mel

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  7. Este é o teu chão de estrelas!
    Agora entendi...
    Abraço meu

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  8. Um chão de estrelas onde haverá uma lua e a sua luminusidade dará mais brilho a esse Outono.

    Beijinh e uma flor

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  9. Linda balada de outono num degradé de linguagens a preto e branco. Muito bonito!

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  10. Mar Arável,
    O poema é maravilhoso.
    Dos mais bonitos que tenho lido sobre o Outono.
    Parabéns.
    Beijinho.:)

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  11. Quero conhecer essa árvore, deve ser linda :)
    Abraço

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  12. as cores de outono, são as palavras ainda, armas contra a nostalgia dos dias que tendem a escurecer.


    sempre um prazer lê-lo, Eufrázio.
    abraço daqui

    Mel

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  13. Como os caminhos não são únicos, que os novos passos que chegam,
    possam Sempre soletrar hinos
    incomensuráveis, na dança dos dedos...
    Dias repletos de musicalidade nas palavras para si e para quem o acompanha neste novo Outono.
    Muitas felicidades.

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  14. Um poema MARAVILHOSO...até fiquei a gostar mais do outono.
    Beijocas
    Graça

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  15. Elevadas no vento, as palavras, podem vestir o céu, de novo, com a cor que sonhamos.

    Um abraço, Eufrázio

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  16. De fato, as palavras têm peso, leveza, sabor, e ainda o poder de construir uma linguagem simbólica, cheia de sentidos e de afetos, num amplo campo de ações.
    E, se, em pleno Outono, conseguem imprimir linguagens em outras nuanças, soletrando-nas em preto & branco, que descrevam pois, todas as estrelas que salpicam o chão da sua sempre bela poesia!

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  17. E o chão de estrelas
    (belo!)

    é o mesmo que pisamos?

    Abraço, poeta!

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  18. Um chão de estrelas...gostei.
    E gosto muito do Outono.
    Beijinho
    Irene Alves

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  19. Também o Outono tem a sua beleza...
    Abraço do Zé

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  20. ... e a imagem é de tal maneira forte que as palavras perdem o equilíbrio na falésia dos dedos
    ... ouves por entre as folhas que se desprendem dos galhos a melodia?!

    o teu "chão de estrelas", tão lindo!

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  21. Só a beleza de um poema para me fazer esquecer, por instantes, o desentendimento muito pessoal que tenho com o Outono, desde que último Inverno quase me matou de frio... ando com os pés demasiado assentes no chão... mas sei que ele está cheio de estrelas.

    Abraço, Mar Arável!

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  22. Mais leve de palavras mas não menos expressiva!

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  23. Desnuda-se para desafiar. Quantos terão a coragem desta nudez?

    O outono, de que gosto pouco, torna-se mais belo pelas suas palavras, Eufrázio. Obrigada por isso.

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  24. Piso de estrellas...sueños de Paraíso y Cielo...muy bello.
    Mis cariños para ti.
    mar

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  25. Lindo esse chão de estrelas, chão de pérolas, que enfeitam os nossos dias de beleza e claridade.

    Boa semana.

    Abraço

    Olinda

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  26. E que estrelas eu tenho perdido por aqui!

    Mas, hoje apanhei-as todas.

    Beijos

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  27. Muito bonita esta forma de sentir e expressar o outono.

    Bom domingo. :)

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  28. queria copiar a melhor parte do poema aquela que mais me tocou...


    "Solta de cores
    participa espontânea
    na construção de linguagens
    a preto e branco

    No Outono a minha árvore preferida
    fica mais leve de palavras
    chega a passo
    desnuda-se da folhagem
    para desafiar o vento
    a soletrar hinos incomensuráveis
    pelos dedos

    vem habitar
    um chão de estrelas"

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