quase de tudo deserta
ululante
como se fosse possível
um coração de ave
tricotar areias com os dedos
no teclado das águas
Desnavegado
fui lá dizer-lhe
com voz de escarpa
hoje não quero salvar o mundo
só ajudar
A maré estava cheia
de azuis
por amor à lonjura tangível
a ressoar acordes
numa apoteose de sussurros
coada de palavras
aqui tão perto
que nem lhe posso tocar
Nesta acidental praia
esmaia a maré
e se alevanta
E é mesmo nesta acidental praia que lá vamos tricotando areias e sonhos...
ResponderEliminar"Nesta acidental praia
ResponderEliminaresmaia a maré
e se alevanta"
Quando é que a maré de vai alevantar de novo.
Abraço
Rodrigo
e que assim continue...
ResponderEliminarbelíssimo poema.
um bom fim de semana.
um beij
A maré sempre se alevanta.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
"hoje não quero salvar o mundo
ResponderEliminarsó ajudar"...
E a maré cheia
de ruídos estranhos e confusos
não deixou ouvir o grito de ajuda
e continuou a passar...
Ficou o poema no ar!...
Lindo!
Mª. Luísa
Vamos continua a ajudar para que seja salvo.
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinho e uma flor
Tu marinheiro de águas solidárias.
ResponderEliminarabraço
Chegou aqui um tanto de marulho e maresia!
ResponderEliminarMuito, muito bom
Abraço, poeta!
Alevantemo-nos com a maré!
ResponderEliminarAbraço
Essa acidental praia não é ao pé da Tapobrana?
ResponderEliminar(sózinho não consigo salvar a acidental praia lusitana mas, porra, deixem-me ajudar!)
Um abraço embalado na marés
Um poema com uma interioridade interessante e bonita.
ResponderEliminar"Hoje não quero salvar o mundo só ajudar" (também eu :))
Beijos
QUE MARAVILHA É MAR
ResponderEliminarQUE MARAVILHA SÃO OS POETAS DO MAR
"hoje não quero salvar o mundo
só ajudar"...
MEMORÁVEL.
há sempre uma maré que se alevanta, em cada onda que desmaia...
ResponderEliminarvá la saber-se a força das marés!
abraço, meu caro Poeta.
mais um belo poema que partilhas.
nos ciclos da maré tentamos ajudar este mundo.
ResponderEliminarlindo!
É tudo tão frágil e delicado, esse traçado das emoções tecido com os dedos do sentimento, na linha da areia, que as águas das marés, mansamente apagam...
ResponderEliminarBelo poema, como sempre, Eufrázio; e me remeteu imediatamente à uma música, cantada por um brasileiro chamado Fagner, aqui: http://letras.mus.br/fagner/253813/
Beijo!
;)
"Um vagaroso instante" poeticamente delicado e realista.abraço.
ResponderEliminarVéu de Maya
...A vida vem em ondas, como um mar
ResponderEliminarnum indo e vindo infinito até arrebentar na acidental praia de nossa vida.
Beijo.
Sigo com vc.
» Numa acidental praia», ninguém muda o mundo, mas compete a cada um de nós ajudar a mudar. Adoro a forma tecida de sentimento das suas poesias. Sublime.
ResponderEliminarBeijinho amigo.
Tanta coisa dita nas entrelinhas...Belo!
ResponderEliminarBeijinho
Belo poema!
ResponderEliminar"um coração de ave
tricotar areias com os dedos
no teclado das águas"
assim me sinto tantas vezes!
Por vezes cansa tanto querer salvar o mundo e a maré rir-se de nós!
tricotar mais uma vez as areias do poema.
ResponderEliminarreler.
beij
A maré cheia trás a vida. Você a poesia! Bj
ResponderEliminarSim, lindo poema: de sentido e de sons e imagens...
ResponderEliminarA ilustração também é muito boa!
Abraço
Bonito poema. :)
ResponderEliminartão lindo
ResponderEliminaro teu dizer com voz de escarpa:
"... só ajudar
que sou todo azul..."
abraço meu, Eufrázio.
Dum lirismo imenso.
ResponderEliminarAbraço
cvb
Assim esmaiada como a maré é por aqui que também passam os azuis da minha esperança, numa poesia de águas puras.
ResponderEliminarBeijos