Estávamos no fresco trinado da Primavera
quando uma ave desconhecida
subiu mais alto
que o mastro das bandeiras
e logo hoje choveu
uma lágrima dos teus olhos
Estávamos no trinado da Primavera
o vento quase não se movia
mas nós carregávamos
a serra às costas
por esses mares desnavegados
a decifrar azuis
e outros destinos
Nós sabíamos que não existem destinos
e as flores não se oferecem
conquistam-se a partir do chão
até as pétalas se desfolharem
Só não sabíamos
porque choveu uma lágrima
dos teus olhos
Tão bom voltar aqui! Um rio de
ResponderEliminarpalavras... um sereno vento que nos leva...
... a lágrima, veio do eterno mistério que cabe em todas as mulheres...
Beijinhos :)
mariam
Li-te em voz alta.
ResponderEliminarVou dormir mais tranquila depois de me ouvir através das tuas palavras.
Beijo meu
Às vezes é preciso que chovam lágrimas Para aliviar o coração
ResponderEliminarUm abraço
Depois de nos dizeres
ResponderEliminarpoeta, que temos tantos saberes
Que não se perca tal lágrima
por ignorância nossa
(foi belo de ler)
Só as aves que sobem mais alto do que as bandeiras nos podem indicar o caminho.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Decifrar o azul é tudo que queremos...Enquanto não encontramos a resposta, vivemos.
ResponderEliminarAbraços poéticos.
Chove uma lágrima dos olhos porque (ainda) demora tanto a conquistar a flor prometida.
ResponderEliminarAbraço poeta
De emoção, sem dúvida. E é tão bom chorar de emoção...
ResponderEliminarBFS, Mar Arável.
As lágrimas descem
ResponderEliminarinundam o rosto, assim,
sem avisar
Abraço daqui!
Temos de reconquistar os cravos a partir do chão!
ResponderEliminarAbraço
Mar Arável,
ResponderEliminarQuanta beleza nestas flores que crescem do chão e se juntam à lágrima perdida.
Parabéns!
Houve uma mutação na sua escrita muito interessante!
Beijinho.
Talvez as lágrimas teimem em cair ao ver continuadamente os campos floridos a serem destruidos.
ResponderEliminarBom fim de semana Eufrázio
Beijinho e uma flor
Muito bonito.
ResponderEliminarA pintura escolhida é também muito linda.
Bom fim-de-semana
«Nós sabíamos que não existem destinos
ResponderEliminare as flores não se oferecem
conquistam-se a partir do chão
até as pétalas se desfolharem.»
Muito lindo. Muito forte!
Parabéns pelas suas palavras. Pela sua força!
Belíssimo como sempre, querido amigo e poeta.
ResponderEliminarJá tinha saudades de vir aqui e embora esteja a escrever longe de casa e com alguma dificuldade, por motivo de saúde de familiar, saboreei com sofreguidão este poema, palavra por palavra, porque boa poesia desta não se encontra todos os dias.
Agora vou ler o que perdi por estes dias.
Beijos
Entre outras passagens muito interessantes, destaco:
ResponderEliminaras flores não se oferecem
conquistam-se a partir do chão
Um forte abraço
Há que secar as lágrimas e persistir na busca e na conquista das flores, para que a Primavera não esmoreça.
ResponderEliminarUm abraço.
"no trinado da Primavera"
ResponderEliminaro peso da "serra às costas"
que os Homens impõem,
cada vez mais
consegue superar
a serenidade e os prazeres
que a Natureza nos oferece.
Talvez
pela cada vez maior dificuldade
na "conquista" de cada flor
"choveu uma lágrima"
naquele momento
Talvez
por solidariedade!...
Saudades
princesa
Vim ler o poema. Belo.
ResponderEliminarabraço,
Véu de Maya
Há muito de terra nessa lágrima vertida da inocência do olhar.
ResponderEliminarUm beijo
Nem tudo são flores, nem tudo são lágrimas...
ResponderEliminarLindíssimo, Eufrázio.
Um abraço e bom domingo.
logo hoje choveu
ResponderEliminarazuis
um abraço
Há lágrimas assim, também elas sem origem ou destino.
ResponderEliminarUm abraço, Eufrázio.
sabe-se lá quando explode uma flor numa lagrima feminina...
ResponderEliminarbelíssimo, Poeta.
forte abraço
Al final...la´mas bella de las Primaveras es la que hace florecer el corazón.
ResponderEliminarMis abrazos para ti.
mar
Há quem ande a preverter-nos a primavera!Mas as flores são mais fortes que as lágrimas...
ResponderEliminarNem todas as lágrimas são de imediato decifráveis...
ResponderEliminarMagnífico poema, como é hábito, de resto.
Abraço.
Um lindo poema !
ResponderEliminaruma boa semana,beijo
carla granja
http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt/
O Eufrázio tem um dom maravilhoso! Sinto-me privilegiada por poder usufruir dele e emocionar-me tanto ao lê-lo.
ResponderEliminarTambém choveu uma lágrima de mim.
Obrigada
É realmente um belo poema, onde os extremos se tocam e as palavras nos tocam!
ResponderEliminarMesmo no auge da primavera as flores se desfolham e as lágrimas abrem seus trilhos.
Um abraço.
Poema lindo demais! Sabedoria poética!
ResponderEliminarUm poema lindo...
ResponderEliminarObrigada por o partilhar.
As flores não se oferecem, mas as lágrimas sim.
ResponderEliminarbj
- porque choveu uma lágrima dos teus olhos?!!
ResponderEliminar- porque Deus adormeceu?!!!...
beijo.
os teus belos poemas ondulados de maresia...
ResponderEliminarMas, caro Mar Arável, gostava de agradecer as sempre gentis partilhas de poemas, tão belos e intensos.
E gostava de agradecer a todos os que, durante estes anos (quase a fazer 4) me visitaram, leram, gostaram ou não, comentaram, deixando palavras de apreço, bastante estimulantes para mim.
Mas, nesta fase da vida, sinto indisponibilidade várias não me permitem repartir-me por várias tarefas. E não tenho conseguido ler, visitar-vos nos vossas espaços da palavra (que saudade de vos ler!)
de vez em quando,.
Não digo «adeus», até porque de vez em quando ainda venho aqui, deixar um “post”, mas com muito menos assiduidade.
Então, digo “até já! E deixo um abraço poético,
Maria Manuel
lindo
ResponderEliminarBjinhos
Paula
Dos olhos também chovem lágrimas de alegria e conforto, quando se ouvem pássaros ou se sentem palavras.
ResponderEliminarAs que escreve, são muito bonitas.
abraço
cecilia
Lágrimas que chovem e regam destinos...
ResponderEliminarGosto de o ler.
Carregar a serra às costas para chegar ao cume da montanha.
ResponderEliminarNo alto com uma vista plena desfolhar as pétalas devagar, devagarinho, ao sabor do vento e do seu lamento.
Os olhos choram por dor, por angustia, por vunerabilidade, por tristeza e por ter um mar desnavegado.
Este seu poema é muito triste, nem consegui sentir o amor das suas palavras.