Mesmo que fossemos rios subterrâneos
à sombra dos choupos
sem impecilhos de pássaros
queria um mundo
para as águas soltas
desaguarem em liberdade
transformarem pedras
em obras de arte
searas azuis
ressonâncias cúmplices
movimento de marés e lábios
no bojo dos barcos
Mesmo que fossemos rios subterrâneos
queria partilhar esta sede
acordar relâmpagos
nos mais íntimos desertos
e tudo acontecer
Foi muito bom vir aqui e ler.
ResponderEliminarObrigada pelo minuto.
bjs
Precisamos mesmo de "abalar" as consciências adormecidas..."acordar relâmpagos"!
ResponderEliminarBJ
Ritmo e poética de cortar a respiração.
ResponderEliminarE coisa gostosa é ver pequenas nascentes formando filetes de água abrindo caminhos próprios, descobrindo outros mundos, trazendo vida nova aquilo que já era pedra.
ResponderEliminare nesse acontecer, explosivo, um mar de sensações
ResponderEliminarMesmo que subterrâneos acordarão os relâmpagos.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Escreve maravilhosamente.
ResponderEliminarObrigada.
Sempre
ResponderEliminartudo pode acontecer
um beijo
É preciso iluminar o caminho. É urgente a luz!
ResponderEliminarAbraço
"Acordar relâmpagos" é preciso, para que as consciências acordem!
ResponderEliminarBeijos.
A poesia acorda-nos como um relâmpago na noite... de beleza igual.
ResponderEliminar...e tudo acontecer, principalmente a liberdade!
ResponderEliminarAbraço
Numa altura em que recebemos notícias acerca de acções de censura, o grito a favor da liberdade é sempre uma necessidade e uma responsabilidade.
ResponderEliminarObrigada por isso.
Bom fim de semana.
Sim para além de acordar os relâmpagos,devemos acordar as consciências de igual modo,para acordarem enquanto se tem tempo,gostei das palavras.
ResponderEliminarAbraço e bfs
A poesia acontece.
ResponderEliminarbj
a sede é a mesma
ResponderEliminarda agora partilhada
acordemos então relâmpagos
e façamos acontecer
Quem dera que tudo possa acontecer...!
ResponderEliminarÁguas transbordantes na urgência de um acontecer, rios à superfície do querer.
ResponderEliminarUm beijo
Nem sequer temos direito à margem do rio e o ruído não nos deixa ouvir os pintassilgos! Acordar relâmpagos?! Tomara que chova!
ResponderEliminarComo vês não tenho jeito para comentar poesia mas um abraço arranja-se sempre
Mar Arável,
ResponderEliminarNum mundo em que querem aprisionar as águas, este grito colectivo acorda os pássaros!
Bem haja por lembrar a liberdade!
Bj.
Rios deixarão de ser subterrâneos; a sede já está a ser partilhada; relâmpagos irão ilumimar-nos! O poeta assim o profetisa, e quem melhor que os poetas para adivinharem o futuro...
ResponderEliminarQue o céu se rasgasse em intermitentes relâmpagos, e a luz passasse nas camadas mais abissais das águas, inundassem desertos e outro mundo (dos vossos, dos nossos desejos), mais justo, mais feliz e mais humano, acontecesse!
ResponderEliminarUm desejo lindo, no mínimo.
ResponderEliminarBeijo meu.
Ná
Dá medo acordar os relâmpagos...
ResponderEliminarBjs
Às vezes não sei que dizer perante tão boa poesia.
ResponderEliminarChego aqui e fico, leio uma, duas vezes e volto e encontro a profundidade enorme de uma cumplicidade entre o amor e a cidadania, de uma paixão entre o fulgor dos sentidos e a entrega a outras causas, onde no mesmo acto em que tudo pode acontecer, também tudo pode ser o mesmo amor, a mesma complementaridade, quando dois seres vivem a mesma entrega à Humanidade e a partilham. É difícil dizê-lo, mas lê-se e é fácil sabê-lo, quando já se passou por essa cumplicidade.
É interessante como a sua poesia reflecte aspectos da terra a que dedicou tantos anos da sua vida, rios, choupos, barcos e tantas coisas mais.
Saio encantada.
Beijos
Meu amigo ainda não perdi a esperança e o desejo deste despertar.
ResponderEliminarBeijinhos
O querer pode não ser suficiente para que as coisas aconteçam, mas é necessário.
ResponderEliminarExcelente poema, gostei.
Caro amigo, tem uma boa semana.
Abraço.
Obrigada pela companhia
ResponderEliminarhttp://cozinhadosvurdons.blogspot.com/2012/02/um-poema-no-almoco.html
bjs nossos
e tudo pode acontecer...
ResponderEliminarsempre belo o que escreves....
uma boa semana!
um beij
*
ResponderEliminaré noite,
os relampagos,
iluminam o rio,
que desliza com mansidão,
para a foz do nosso desespero,
até quando ?
,
conchinhas muitas, ficam .
,
*
E se tivessemos uma varinha de condão?...
ResponderEliminarPartilho dos seus desejos, Mar Arável!
Fique bem!
Um dos teus melhores poemas, na minha opinião.
ResponderEliminarAbraço grande
E que tudo aconteça nesse despertar na voz poderosa do Vento...
ResponderEliminarUm poema maravilhoso...
Obrigada pela visita ao Minha Página...
Até já..
Beijos e abraços
Marta
O meu silêncio lhe entrega beijinhos de luz e paz na vida...
ResponderEliminarE podemos. Podemos fazer acontecer... se não um relâmpago, ao menos uma pequena chama que ateará outras chamas...
ResponderEliminarBjos
Então não é que já somos dois a
ResponderEliminarestar de acordo "pela 1ª. vez" com
o V.G.M.
Como sempre uma excelente poesia.
Tudo de bem consigo.Desejo que sim.
Bj.
Irene
poderoso
ResponderEliminarBjinhos
Paula
Os rios subterrâneos também t~em direito À liberdade.
ResponderEliminarDeixo.te um abraço, poeta, depois de ler o teu poema.
ResponderEliminarVéu de Maya
Profundo! Belo! Como deve ser bom saber escrever assim!
ResponderEliminarO prazer de te ler é como o sol destes dias: suavidade que ameniza o frio. Bem Hajas pela luz que irradias, pelo voo magistral das palavras. Abraço
ResponderEliminarLuís
Um Poema muito bonito ! Gostei de visitar o seu blog
ResponderEliminar...quando somos cúmplices do poema...
ResponderEliminartudo acontece...
Bom fim de semana Poeta