sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

NA FOLHAGEM DAS OLIVEIRAS



                                              "Mulher pássaro" óleo de GRAÇA MORAIS




Há tantos anos
que te não via os olhos
de tão perto os conhecer

Foi preciso um pássaro
ajudar-me a fazer lume

rasgar janelas
na direcção do vento

e com um fósforo
atear fogueiras
só para os ver

Lá estavam
na folhagem das oliveiras



47 comentários:

  1. Leitura de voz alta ao ouvido de quem gosta de ouvir...
    Beijo meu

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  2. Por vezes é assim, há um momento em que se vê com olhos diferentes, o que já era parte do nosso quotidiano.

    Há sempre um pássaro de liberdade e fogo...

    Tudo muito belo!

    Beijos

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  3. Não me lembro de ter lido nada nos últimos anos que fosse tão ... não há palavras. É único.

    Posso roubá-lo para o almoço de domingo?

    bjs de todas nós

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  4. Quantas vezes não vimos o que está tão perto, mesmo perto.
    Abraço
    Rodrigo

    PS: Amanhã lá estaremos

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  5. E quando não se vê o que está perto, às vezes acabamos por perdê-lo..

    Muito lindo, o poema.

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  6. e de repente
    um incêndio num olhar.
    beijo, Mar.

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  7. "...
    ias riscando as pedras pelo caminho
    e a luz era o incêndio no teu olhar enquanto atravessavas a floresta"

    um beijo, Mar

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  8. Os pássaros e a poesia ajudam sempre a vermos com nitidez o que está dentro de nós,escondido...

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  9. Olhar os olhos do nosso amor... é uma ternura que não nos cansa!

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  10. Trazer à luz o que se tem.É bom!

    Belíssimas palavras.

    Beijinhos

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  11. Seu poema traduz bem uma frase que eu vez por outra gosto de dizer, e que não é minha, mas apreendi-na como se fosse: "estamos cegos de tanto ver", é necessário um movimento, para nos tirar os véus que muitas vezes nem percebemos que existem.

    Belo poema, mais um!

    ;)

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  12. Belíssimo! Tantas vezes necessitamos de ajuda para reconhecer o que o quotidiano tende a apagar.
    Bom domngo.

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  13. Ainda bem que me chamaste a atenção. Vou já olhar para os olhos da minha companheira! Um abraço em nome da poesia que ás vezes nos acorda e também diz verdades

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  14. Lindo, lindo e lá estão eles na "folhagem das oliveiras"
    Bj.

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  15. Poeta

    Por vezes o nosso olhar não vê o que grita o coração.

    Beijo
    Sonhadora

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  16. poema de rasgar paisagens. e dulcificar olhares..

    abraço, meu caro Poeta

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  17. Você é admirável com a poesia! Eu já sabia disso, só vim confirmar. A postagem é digna de aplausos.

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  18. Belo e profundo, como é teu timbre,
    caro poeta.
    abraço,

    Véu de Maya

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  19. Um (re)descobrir d'olhos duma cor tão bela e tão familiar.
    Beijo

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  20. mar,
    desculpa a minha ausência.
    o poema é belíssimo. parabéns!
    beijinhos

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  21. Tanta inspiração !
    Leio e releio e adoro reler

    Quem me dera saber escrever assim !

    Beijinhos Eufrázio

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  22. De tempos a tempos, há que ir ateando fogueiras, para que os nossos olhos vejam para lá do obvio.

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  23. De carne e osso, sim, Eufrázio Filipe, talvez de olhos verdes oliveira e mesmo em forma feminina, deus ou deusa?!!!



    Beijo meu.

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  24. Pois é nem sempre se consegue
    descobrir.E Graça Morais que eu
    adoro. Que mais eu poderia querer
    ao vir aqui?
    Um grande beijinho
    Irene

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  25. Chegou o frio que nos regela a alma.
    Aquele abraço...

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  26. Necessário que o vento abrupto
    abra janelas
    de vez em quando...

    Abraço, daqui!

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  27. olhos cor de azeitona


    tão simples e tão rasgado!

    um abraço

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  28. Gostei. Gostei muito destas folhas de oliveira! :)
    Abraço grande!

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  29. as nossas vidas, meu amigo, não mais são que uma rápida e fugaz passagem no "Jardim das oliveiras". Esse é um lugar de luz onde, por vezes, para vermos o brilho dos olhos que nos indicam caminhos, são necessários pássaros iluminados por dentro.

    muito belo este poema, Eufrázio. muito belo, mesmo.
    abraço daqui
    Mel

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  30. Tanto tempo a vislumbrar sombras de olhares, para depois os poder finamente ver, na sombra de uma oliveira...lindo!

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  31. As "mulheres" de Graça Morais são mesmo as mulheres da Terra! As mães, as avós. De tanta terra-quente transmontana. Mas pode ser sobre a seara também lugar de papoilas.

    "o mundo novo"... parece que andamos a arar o mar... o que terás feito (que te conheço de nome há muito tempo).
    E tentas ainda, com a graça e a raiva dos poetas.
    Abç
    bettips

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