domingo, 4 de dezembro de 2011

CÍRIOS






Nas arestas da escarpa
aprendemos quase inocentes
a arredondar pedras
para não ferir o voo dos pássaros

caminhamos num abraço de limos
ao som das marés
e descobrimos debaixo da pele
que nos abriga
tanta luz
por desbravar

resistimos nas areias movediças
desvendamos rotas conhecidas
atiçamos relâmpagos


círios
mastros
que se levantam



35 comentários:

  1. EF

    E porque a luz não nos cega
    percorremo-nos por dentro

    resistimos
    desvendamos
    atiçamos

    que mais se pode querer?

    M

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  2. Vai demorar?sei lá.
    Vamos arredondar as pedras.

    Um abraço,
    mário

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  3. E estas palavras atiçam o que de mais belo escondemos sob o nosso lodo...
    Beijinho
    G...

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  4. Eufrázio
    É importante a continuação da resistência nestas areias que estão a querer-nos sugar.
    Beijo

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  5. Belíssimo. Deixou-me emocionada. Obrigada por tecer esta esperança.
    Um abraço de boa semana.

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  6. E avançamos ao som do trovão, à luz do raio.

    Abraço

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  7. Muito bonito!
    "resistimos nas areias movediças..." é bem verdade!

    Metáforas belíssimas.

    Parabéns!

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  8. Desbravar mares tão conhecidos, pouco visitados e até mesmo assustadores - ou não...

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  9. Resistir nas areias movediças e em todas as situações!
    Abraço

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  10. quem se lembra de arrendondar as pedras
    para não ferir o voo dos pássaros

    já descobriu tudo

    os círios, são apenas para não temermos o escuro

    um abraço

    manuela

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  11. A palavra é um mar de possibilidades...

    Belíssimo.

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  12. Parece um apelo a um farol que alumie o nosso navegar!!!
    gostei muito
    Abç

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  13. Mar Arável,
    Lindíssimo.
    Aprendemos resistindo às "areias movediças" e acendemos "círios" de esperança.
    Agradecida por esta nota positiva e pelo comentário que deixou na minha janela.
    Beijinho. :)

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  14. E tudo está dito, os mastros que se levantam, que assim seja e assim permaneçam.

    5 bjs nossos

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  15. Sabe bem caminhar ao som das marés...
    Excelente poema, como sempre fazes.
    Abraço.

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  16. e que ninguem se atreva a ferir o voo doa pássaros

    e que a luz ainda brilhe (sempre) ao fim do tunel

    muito belo!


    beij

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  17. Na lembrança do voo, resistimos porque lembrar é saber...

    Ficamos presos neste "abraço de limos ao som das marés"

    Um beijo

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  18. " tanta luz por desbravar "

    Não bastam arredondarmos as pedras, é preciso que os olhos se levantem para que os pássaros não tenham medo de voar.

    Líndissimo...

    Um beijinho, Eufrázio

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  19. Que a inocência nunca termine, e sejamos todos cuidadores dos pássaros e dos voos, por sobre a imensidão desse Mar Arável....

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  20. Quase inocentes. Somos.

    E os poemas que se levantam. Somos também.

    Sempre tão belo. Obrigada, Eufrázio.

    Um abraço

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  21. Lindíisimo.
    Deixou-me sem palavras, como na rebentação das ondas ... círios vistos na sua extrema beleza.

    Beijinho

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  22. ..."descobrimos debaixo da pele
    que nos abriga
    tanta luz
    por desbravar"...

    Há que partir á descoberta...e desbravar, à força, os caminhos que queremos seguir....

    Excelente!
    Bj

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  23. Poeta
    Seguir sempre o túnel do tempo sem medo da escuridão...talvez as velas não se apaguem.

    Um beijo
    Sonhadora

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  24. ...pois, que se levantem!

    Excelente! (como sempre).

    Um sorriso :)
    mmariam

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  25. poema luminoso. na débil chama do círios... que alimentam o fogo!

    abraço, meu caro Poeta.

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  26. As escarpas das ondas ainda estão por desbravar enquanto navegam em rotas desconhecidas...

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