Pelas fissuras de acesso à casa
os pássaros escarpados
recusam suicidar-se
por um grão de areia
têm por hábito beijar as pedras
quando a noite se deita
no brilho dos cristais
mesmo de olhos fechados
e luas novas
Aqui às mãos cheias
o mar revolto
bebe a água das fontes
mesmo que se desmoronem as arestas
onde emerge apócrifo
passo a passo
em desassossego
este caminho sem margens
um abraço, Poeta.
ResponderEliminarVéu de Maya
"Do rio que tudo arrasta,
ResponderEliminardiz-se que é violento.
Mas ninguém chama violentas
às margens que o comprimem."
Bertold Brecht
E assim é que a poesia nos toca,
mexe,
remexe
e inventa pontes para outras palavras,
gestos
e tempos.
Um caminho sem margens
e em desassossego
é por onde se passeiam
de mão dada
o sonho e a liberdade.
M.
Sem margens nem limites.
ResponderEliminarA segurança das margens pode também ser delimitativa. Talvez que a sua abolição abra novas perspectivas.
ResponderEliminarUm abraço e um bom fim-de-semana.
Gosto dos caminhos novos sem margens.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Passos de outros passos!... iguais a tantos outros repetidos por cada momento que se faz momento de outros momentos... repetidos no movimento e no desgaste, na erosão da frieza e de momentos mais duros!... Como aqueles que, quase sempre nos desgastam e se repetem, entre a observação melancólica dos elementos entregues à Liberdade natural!... Bebemos dessa fonte que que não é alimento do corpo, mas apenas da Alma e... de um olhar momentaneamente absorto longe das margens muito para lá do horizonte!...
ResponderEliminarBom fim de semana
Abraço
Pássaros, mar e escarpas...
ResponderEliminarUm cenário perfeito para o meu recolhimento!
Sem margens (violentas) que o estreitem.
ResponderEliminarAbraço
desse caminho sem margens, onde o limite são as areias que se movem e se espalham na inspiração do Poeta.
ResponderEliminarmais um belíssimo trabalho.
gostei da foto.
um bom fim de semana!
beij
O barulho do mar em desassossego, sem margens porque as vence, talvez traga um novo tesouro, quem sabe?
ResponderEliminar!!!
ResponderEliminarPorque as palavras estão todas no poema. Em perfeita sintonia.
Beijinhos
O caminho sem margens não é mais que a água das fontes onde a noite se deita por entre as arestas de cristais...
ResponderEliminare que Dhiel nos ajude a entender os apócrifos ou pelo ao menos vivê-los, passo a passo, neste caminho que em uma noite de lua nova, espero encontrar a margem.
ResponderEliminarbjs nossos e meus
(é como se na quase impossibilidade do caminho, se vislumbrasse uma picada)
ResponderEliminarQue se contruam as margens, para que os pássaros saibam a origem dos rios que alimentam as fontes, e nenhum morra de sede dentro da revolta do mar.
ResponderEliminarUm abraço, Eufrázio
há as arestas desmoronadas onde os pássaros recusam a morte.
ResponderEliminare há as arestas desmoronadas que permitem novos caminhos.
gostei muito do poema.
um abraço grande.
A ausência de margens pode desassossegar, é um facto. Mas margens em excesso podem aprisionar.
ResponderEliminarUm abraço e bom domingo.
Imagens belas mas de difícil acesso. Mar muito revolto.
ResponderEliminarMas muito bonito.
Bom domingo
Mas o nosso caminho está apertado entre paredes de teimosia. Temos de conseguir ser pássaros!
ResponderEliminarAbraço
Belo, o caminho das palavras!
ResponderEliminarFalamos de você e desse mar imenso pra nossa maylê e ela nos pediu que escrevesse algo pra vc.
ResponderEliminarhttp://cozinhadosvurdons.blogspot.com/2011/12/coisas-da-rainha.html
um bjs nosso
Que lindo... doce e belo pensamento poético.
ResponderEliminarO mar, sempre ele!
As margens que ora aprisionam ora aconchegam...
Beijinhos
Ná
Belas palavras ditas neste caminho sem margens...
ResponderEliminargostei..
Bjosp
Será bom sinal não ter as margens para nos guiar...
ResponderEliminarMeu caro Poeta;
ResponderEliminarQue os caminhos sem margens nunca permitam delimitar os horizontes.
Abraço.
Quando o poeta sonha as margens desvanecem-se e a liberdade é pássaro que voa.
ResponderEliminarOs pássaros sobrevivem.
ResponderEliminarbj
Mas são passos que não nos deixam "aquem"!
ResponderEliminarBJ
Temos que tentar através da
ResponderEliminarpoesia alertar...alertar SEMPRE
para este "aparente semi-adormecismo."
Um bj.
Irene
Os pássaros sabem das coisas...
ResponderEliminarComo sempre poético e belo.
um caminho sem margens
ResponderEliminaré uma planície maior
desassossegadamente serão os poetas a separar o sal da água doce
um abraço
manuela
O mar que nos abraça em suas margens e escarpas se fazem belos poemas.
ResponderEliminarAbraço e agradeço a visita ao blog,já adicionei.
Um desassossegado e belo momento, sem margens para caminhos limitados...
ResponderEliminarBeijos
Barnca
...um mar profundo, com croiatividade à superfície...
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