No tempo em que crescíamos
a noite bramava tão parda
que nem parecia noite
De súbito um frémito de luz
pestanejou nos mastros do cais
o mar restolhou
e eu vi claramente
os teus olhos remoçados
alumiarem as águas
Após tantos relâmpagos vividos
julgavas estar preparada
para voar
mas os pássaros ainda aprendiam
a ter asas
Lembraste-me a minha avó. Era sábia... e sabia voar...
ResponderEliminarBeijo.
Muito lindo este dizer de um saber tão calejado, mas com dias sempre inesperados, vividos junto ao cais...
ResponderEliminarBonita homenagem e a imagem é lindíssima!
Um rosto muito expresivo e bondoso, olhar terno, mapa de muitos caminhos interiores e muitas lutas...difícil definir tanto saber e doçura. Muita vida num só olhar...!
Beijos
Olhos nos olhos, li-te em alta voz.
ResponderEliminarBj
Um maravilhoso poema, que cala fundo, parabens a foto é muito interessante, parabens
ResponderEliminar"No tempo em que crescíamos
ResponderEliminara noite bramava tão parda
que nem parecia noite"
"mas os pássaros ainda aprendiam
a ter asas"
E um dia cantámos que éramos livres para crescer e voar.
Lindo.
ResponderEliminarA foto ecolhida é um mimo.
Um abraço
Há olhos que alumiam...
ResponderEliminarOs pássaros começam a aprender a ter asas.
ResponderEliminarA foto até arrepia.
Um abraço,
mário
Há águias que parecem demorar a jogar seus filhotes dos penhascos...
ResponderEliminarDe repente lembrei-me dela, velhinha, avó minha.
ResponderEliminarAbraço
um olhar de poeta em que os pássaros ainda sabiam voar e talvez nem asas tinham...
ResponderEliminarPassamos a vida toda a aprender a ter asas...
ResponderEliminarQue nunca nos tirem nossas asas, trabalhamos imensos para as obter e poder voar.
ResponderEliminarUma foto de respeito emocionante.
Beijo
Que bonitos olhos! Quem tem olhos assim não precisa de aprender a voar, já sabe.
ResponderEliminarAbraço. :)
Querido amigo,
ResponderEliminarA foto que fala por si e o poema lindo e comovente. Obrigada.
Beijos com carinho
que o mar restolhe e as ondas se agigantem...
ResponderEliminare as gaivotas aprendam (de novo) a voar.
abraços, Poeta.
Nunca as asas nos chegam, para o vôo de toda uma vida.
ResponderEliminarDe quando em vez é necessário que alguns olhos nos alumiem e nos conduzam aos cais da tranquilidade, onde recuperamos para outros vôos.
Devíamos ser como os pássaros e nunca desistir de aprender a voar!
ResponderEliminarUm beijo.
Esses olhos já voam.
ResponderEliminarbjs
Do voo, do mar, dos pássaros, das asas. Numa palavra - da vida. Belo!
ResponderEliminarOlhos que reflectem a luz que os ilumina...
ResponderEliminarUm abraço.
Aprendemos a voar todos os dias. Lamento os velhos que tanto passaram, da miséria, da ditadura, à revolução, à contra-revolução, à desolação de ver a enxurrada do liberalismo desenfreado. Ah as asas...
ResponderEliminarLindos o olhar e as palavras.
Abç
Querido Poeta
ResponderEliminarHá olhares que ficam para sempre tatuados na nossa memória...vidas que não se perderam no tempo, porque deixam alguma coisa em nós.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Belíssimo!
ResponderEliminarBelíssimo!
ResponderEliminarolhos de rebuçado
ResponderEliminardoces
a aprender a ter asas
um abraço
a aprendizagem, meu bom amigo, é um processo contínuo. somos, na eternidade dos tempos, relâmpagos dos nossos próprios olhos
ResponderEliminar... "e já é tanto".
um abraço com estima e amizade
Mel
E nós, quando aprenderemos?
ResponderEliminarBeleza no poema e na foto.
abs
A mudança é, tantas vezes, lenta, "esculpida no tempo", como diria Yourcenar. Lenta, mas sólida, é o que se deseja.
ResponderEliminarUm abraço e um bom fim de semana.
Há olhos que falam!
ResponderEliminarOs da imagem transmitem sabedoria...
Abraço.
Confesso que muitas vezes me sinto presa ao seu hermético olhar...
ResponderEliminarO poema é de uma subjetividade tal que eu nem ouso profaná-lo, com qualquer comentário desavisado, Eufrázio.