Ainda o corpo da baía
não tinha dado os últimos passos
já o rio desaguava perfumes de algas
salivas e alguns barcos inteiros
Sonâmbulas respiravam
no pulmão das marés
algumas garças conhecidas
nidificavam sonhos nos sapais
e as faluas reconstruídas
dardejavam ventos
rente aos moínhos
Ainda o corpo da baía
era de barcos e garças
já as mós de pedra
se moviam
na boca das sementes
cresciam no silêncio do pão
outras marés
Outras marés virão onde possam nidificar os sonhos.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Eis o doce mistério da vida, nada permanece igual, é sempre uma condição inconclusa, e em transitoriedade; os fluxos, refluxos e influxos das marés.
ResponderEliminarUm dia eu consigo... :) Por ora, a reverência ao mestre que me faz pensar, voar, navegar.
ResponderEliminarbjs
O poeta não deixa que se perca a memória doutros tempos, doutros equilíbrios...
ResponderEliminarAbraço
Ainda o corpo da baía
ResponderEliminaradormecia embalado
na música dos peixes
e já ma nasciam no peito
outras marés...
Beijos
Um fim que é também recomeço.
ResponderEliminarBeijo
Vindo do mar subi à tua escarpa, tranquilo, como o teu poema.
ResponderEliminarabraço,
Véu de Maya
Tudo se transforma eo amanhã será inevitavelmente diferente... ou apenas parecido!
ResponderEliminarassim se move a poesia.....em marés de espanto. e harmonia
ResponderEliminarO corpo da baía , onde tudo começa....
ResponderEliminarO mar ... sempre o mar.
ResponderEliminarÉ lindo o poema mas o seu último entranhou-se mais na minha memória!
:)
O mar anda revolto...a maré já não é o que era.
ResponderEliminarMarta
ResponderEliminarNão te iludas
Aparece em todos os ciclos
mesmo quando as águas te chamarem
desgrenhadas nos teus olhos
Uma maré de amizade me levou aqui ao corpo desta baia....gostei do que li...
ResponderEliminarA mutação dos dias... Que nos traga marés auspiciosas, é o que peço.
ResponderEliminarQue essas marés nos trangam tranquilidade, que futuramente a revolta desse mar nos dê alento.
ResponderEliminarBeijo bfs
Esta é a baía de todas as marés!As abundantes e as menos,mas o sabor...
ResponderEliminarde passos e marés algas e faluas
ResponderEliminarcrescem as metáforas e nidificam os sonhos
um abraço
manuela
belíssimo poema,
ResponderEliminarsementeira líquida
de metáforas e sentidos.
grato pela partilha,
filipe
Não tenho muitas palavras para a beleza das imagens poética e fotográfica.
ResponderEliminarHá momentos incomentáveis e foi assim que o senti...
Todo o poema é um mundo e os dois último versos podem ser tanto...
Obrigada Eufrázio por este sentir.
Beijos
Branca
Estão crescendo as novas marés. No silêncio do pão e na água dos teus versos.
ResponderEliminarEssa baía lindíssima que nome tem? Mar Arável? É o nome que lhe dou :)
Esperemos sempre a mudança da marés
ResponderEliminarno silêncio que se aproxima de nós.
Lindo e doce.
Um abraço,
Maria luísa
Já não sei como comentar isto mas tenho de lhe dizer, meu caro Eufrázio, que este é um dos seus poemas mais bonitos.
ResponderEliminarUm tela, pintura a vento e água. Gosto do moinho, no cimo do poema procurando "no silêncio do pão" outras marés.
ResponderEliminarL.B.
E no silêncio fermentam, à espera da força das algas.
ResponderEliminarUm abraço de admiração, enorme admiração....
Passei para uma visita. Beijito :)
ResponderEliminarAs marés da vida levam-nos, vezes sem conta, a estas baias.
ResponderEliminarAssim nós as saibamos apreciar e desfrutar de forma plena e serena, sem pressas.
palavras que contam várias marés.
ResponderEliminarmetaforas com sal.
muito belo
beij
Hoje
ResponderEliminarEntrei no teu mar
pela baía
por ti (re)criada
Entrei no teu mar
pelo «Amoroso»
por ti recuperado
Admirei
a tua «obra»
Vi a «Seixalina»
à distância...
Entrei no teu mar
para te contemplar
(re)lembrar
e sentir...
princesa