terça-feira, 24 de maio de 2011

VESTIDA DE NEGRO





Quando precipitada a noite
bateu no chão
os cães dormiam
sonhos profundos

Pelo restolhar
das cerejeiras
só podias ser tu
vestida de negro

a  roubar-me
as cerejas
que te queria oferecer

Não fosse o silêncio
se doer
também eu à noite
iria roubar estrêlas



43 comentários:

  1. feliz do poeta que arranca parte do brilho das estrelas.

    abraço,

    Véu de Maya

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  2. Mágica senhora vestida de preto
    cheia de encantamentos
    enluarada
    mas no escuro de dentro
    um nada que dói.


    Um beijo!

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  3. um poema que diria de amor. embora lendo nas suas entrelinhas, é muito mais que isso.

    gostei tanto!

    uma boa semana!

    um beij

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  4. Que bonito, Eufrázio. Particular a imagem da noite a bater no chão. Um poema de amor escrito por quem é poeta.

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  5. Dos roubos inconfessados que a noite adensa. Belíssimo!

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  6. Irás, quando precipitada a noite bater no céu.

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  7. Eufrázio
    Somos do tempo em que era preciso ir às entrelinhas para perceber o que o poeta nos queria transmitir.
    É isso que faço e fico a meditar.

    "a roubar-me as cerejas que te queria oferecer"
    Abraço

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  8. Mar Arável,
    A beleza das estrelas.
    Bjs. :)
    Estou com dificuldades em comentar com o meu username.
    ana

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  9. Por mim ficava-me por roubar cerejas!
    Abraço

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  10. é bom saltar o muro. e roubar cerejas. e desfolhar estrelas...

    belíssimo.

    abraço, meu caro Poeta.

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  11. Poeta
    é hora de acordar os cães
    Eles ladrarão à noite
    rompendo o silêncio
    rosnado à dor
    Sentindo-se sem protecção
    as estrelas brilharão
    mais intensamente
    Será então
    que consentirás
    que assim permaneçam, eternamente.

    A senhora de negro,
    Meu Senhor,
    vestir-se-á de outra cor

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  12. Mar Arável,
    as estrelas são sempre apetecíveis!
    :)

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  13. Muito, mas mesmo muito bonito!
    Gosto especialmente da última estrofe.

    Lídia

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  14. Durante as noites tudo roubaríamos para dar ao nosso amor!

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  15. porque roubarão o que queremos oferecer? porque não ouvem a nossa voz interior?

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  16. A coberto da noite são mais brilhantes os rubros odores das cerejas.

    L.B.

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  17. As mais brilhantes tenho certeza...

    beijos de boa tarde...Mariz

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  18. Mar, tu não sabes, mas..., sorrateira, por entre as sombras da floresta, também não resisti às tuas cerejas, que as tuas cerejas são a preciosa matéria prima do tesouro que é toda a tua poesia e só nas tuas mãos são vida...
    beijo.

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  19. "Há sempre uma estrela com o teu nome" - não roubes essa! e mais, quem rouba as cerejas são os pássaros!
    Isto sou eu a brincar - obrigado pelos momentos de poesia

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  20. Que as cerejas te encham sempre os sonhos, Poeta!

    Um noite serena te desejo

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  21. Mar,

    Belíssima poesia. Há que degustá-la verso por verso. Obrigada.

    Beijos com carinho.

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  22. ______________________________


    ...gosto da abstração dos seus versos!


    Beijos de luz e o meu carinho!

    _______________________________

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  23. O roubo da estrela revela que a viste na água do mar, segurando um pouco de água na mão vistes reluzindo o brilho da estrela, na doce magia imaginaste a ter para ti. Beijos de inspiração.

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  24. Roubar as cerejas e as estrelas. Silenciosamente...
    Muito belo!
    Um beijo, amigo.

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  25. Entre cerejas e estrelas, o poema a sossegar a noite que, às vezes, também ela se veste de negro.

    Um abraço

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  26. Podemos, assim, imaginar
    que as estrelas eram a oferta que (te) estava reservada.

    Um Abraço.

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  27. Explêndido! A dama feiticeira da noite - mágico! Parabéns!

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  28. lindo como sempre

    e ja agora

    tou com um desejo de cerejas

    Bjinhos
    Paula

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  29. Um roubo sem culpas nem danos e um poema muito belo...

    Um abraço, Eufrázio

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  30. Esperemos que o rubro derrube o negro. Belíssimo poema, este.
    Um abraço.

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  31. Eufrázio
    As estrelas são cintilantes com palavras de ternura muito apatecíveis de ver, tal como das cerejas ter. Adorei.
    Beijo

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  32. se as estrelas se deixassem roubar

    seriam de luar as cerejas
    e negros os sustos, do seus poema

    um abraço

    manuela

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  33. Este ano está mau para as cerejas, não sei se alguém notou mas o tempo estragou-as.
    Por isso ela não deve andar às cerejas... cuidado... que deve ser outra coisa ;)

    Bjos

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  34. Muita coisa dita por entre cães, cerejas e estrelas...

    Beijinho!

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  35. no avesso da noite existe a luz a iluminar cada linha da sua escrita no esplendor dos frutos,

    singela, belíssima, sempre!

    abraço amigo, extensivo aos camaradas de quatro patas.

    Mel

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  36. Silêncios vestidos nas palavras colhidas como cerejas...
    Bjs,
    Chris

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  37. À noite, todos os nossos desejos e sonhos, despertam do seu negror...

    Belo poema!

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  38. shuiuuuu....! invoquei Maio e roubei-te cerejas outra vez...
    rs...
    os cães fingiam que dormiam...

    beijo, Mar.

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