segunda-feira, 30 de maio de 2011

QUE FIZESTE DAS NOSSAS FLORES?



                                                         Reeditado         
                                                                       

As árvores viajam
na sombra do verde
um sussurro de folhas
e tu foges dos ramos

amanheces tão distante
que nem os meus olhos
descobrem os teus gestos

As árvores viajam
onde acontece a sombra do fruto
no chão
e os pássaros sem amos
deixam que a sombra
se rebente

Meu povo
que fizeste das nossas flores?





37 comentários:

  1. Lindo! Serve para meditar e quem sabe fazermos algo...

    Bjos.

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  2. A pergunta não tem sentido
    Que pode responder
    um povo, assim,
    adormecido?

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  3. Já ninguém sabe das flores... a preocupação dominante é mais básica... principalmente nesta fase de campanha eleitoral com a sombra da crise pendurada nas árvores do nosso descontentamento...
    Magnífico poema, como sempre.
    Abraço.

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  4. Sei de alguns que as enfiaram debaixo da carpete... e já há mais em banho-maria para acabar com o resto.

    Bjos

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  5. Rogério

    Na minha casa
    a pergunta faz todo o sentido

    talvez por issos cá em casa
    todos estão empenhados

    no ACORDAI
    do nosso Lopes Graça

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  6. É assim...a viagem das árvores. Verdade. Mas talvez [que] seja uma viagem em forma de dança circular e algum amanhecer venha nascer no coração do povo de novo acordado...sem tantas sombras...
    Emocionante este poema.

    Beijinho

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  7. Se o povo soubesse responder, seria capaz de as reencontrar.

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  8. As flores até podiam ter murchado, perecido. Húmus para semente renovada da estirpe sacrificada. Pena que não. Secaram e as pétalas e folhas desintegradas são pó, atirado aos olhos do povo....
    O poema? Se lhe murchasse a beleza, ainda lhe restava a força da mensagem. Quase demais de uma e de outra em tão poucas linhas.
    Beijinho

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  9. Num tempo apressado como o que vivemos, temo que, infelizmente, já se confundam as flores de Abril com quaisquer outras feitas de plástico ou silicone (sei lá, parece que é moda...).
    Valha-nos ainda quem não se demita de nos mostrar a genuinidade dos caminhos.

    Não nos demitamos, pois, dos ideais.

    Um bem-haja, Eufráxio.
    Fraterno abraço
    Mel

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  10. Já ninguém se lembra das flores, meu Amigo!

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  11. Mar Arável,
    As flores estão com sede porque se têm esquecido de as regar!


    Muito oportuno este post.
    Abraço!

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  12. esmagamos nossas flores com mãos humanas demais...

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  13. Que poema lindo !!!
    aqui estou mais uma vez para deixar meu carinho a você desejo uma linda semana beijos no coração,Evanir..
    www.aviagem1.blogspot.com
    www.aviagem1.blogspot.com

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  14. Quem as guardou, guardou...
    Agora, tapetes de ervas daninhas...

    Beijinhos meus

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  15. As flores originais murcharam. Mas das sementes que ficaram na terra não tardarão a nascer novas flores, mais fortes, mais resistentes!

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  16. Concordo, o nosso povo está a precisar de muitas flores!

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  17. Deixámos que os amos as pisassem todas.
    Abraço

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  18. não a soube cuidar, não. as flores... as flores.

    abraços.

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  19. Eufrázio
    O povo tem a memória curta, talvez essa a razão porque não cuidaram das flores, não retiraram as ervas daninhas que andam à sua volta.

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  20. Muitas pessoas talvez se tenham cansado de as regar e permitiram que outros o fizessem por elas…eu por muito céptico que esteja não passarei procuração aninguêm, hei-de ser jardineiro desse quintal. Obrigado pelo poema.

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  21. as flores secaram de sede e desaanimo.

    um poema muito actual.

    um beij

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  22. Meu caro amigo, POETA Eufrázio;
    Excelente poema, num grito de revolta pela desumanização da nossa sociedade.
    Parabéns.
    Um forte abraço.

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  23. Meu querido Poeta

    Pura e simplesmente deixámos que elas secassem.

    Beijinho
    Sonhadora

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  24. Boas,

    Lindo Poema, com algum aperto na garganta.

    Nesta hora de mais uma vez regar a democracia com votos nas urnas, que se replantem as flores de Abril!

    Por mim, na minha modéstia... faço no 'Alfobre de Letras' um apelo discreto à mudança.

    Bora votar!
    Abraço a todos
    César Ramos

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  25. Enquanto não se vergarem os caules, haverá sempre primavera...

    se não acreditar nisto, morro de frio!

    Um abraço

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  26. "Meu povo
    que fizeste das nossas flores?"
    Tão a propósito... E eu pergunto: Por onde anda o povo?
    Um beijo, amigo.

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  27. (o momento de fazer renascer as flores e as cores, se aproxima... desistir nunca, resistir é necessário!)

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  28. O verde não deixará morrer a primavera e algumas flores sempre aparecerão com algum perfume...

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  29. tão oportuna a tua pergunta poética? belo, o poema.

    abraço,

    Véu de Maya

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  30. Sim, é importante perguntar, porque é da resposta a essa e outras perguntas que se poderá construir uma nova ordem.
    Um abraço.

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  31. O povo deixou que murchassem, à medida que foi ele mesmo ressequindo...

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  32. as flores?!!!..... viajaram com as árvores, há tanto tempo, Mar.

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  33. Tão lindo, tão sentido, tão pertinente...

    Posso roubar este ramo de cravos para o jardim dos afectos no "Brancamar"?

    Um dia hei-de voltar, quando o meu país voltar a cantar...

    Beijos Eufrázio, com a certeza de que aqui estarei sempre presente.

    Branca

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  34. As flores não nascem porque o terreno deixou de ser fértil.

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  35. Ciclos
    que dão que pensar.
    Como um poema lúgubre.

    Ficaremos em todos os abris, nós!
    Abçs ba bettips

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