
Lá no cimo
mais expressivo da serra
os silêncios permanecem
num castelo
a encher os olhos de vento
Não sabiam explicar
porquê
naquele recorte
muito menos as pedras
que se deitam sobrepostas
como sempre
ao som de latidos
na inverosimelhança
dos teus passos
mas quando poisaste
de um voo improvável
nas ameias
os cães organizaram-se
com bandos de pássaros
em guarda
à memória das pedras
Mesmo assim
não libertámos os silêncios
As pedras são eternas...
ResponderEliminarFrias e quentes...
As pedras são o registo do tempo.
Abracinho meu :))
Que fantástico isso...a história do poema, e as pedras, que também foram remexidas na minha memória!
ResponderEliminarbeijos,
... porque liberdade é uma ilusão, apesar de tudo...
ResponderEliminarmas sabes o que mais me fascina neste canto?!... as tuas metáforas, de uma beleza terna e encantadora.
bjs tantos.
A memória das pedras
ResponderEliminarou a pedra da memória
(mas cada vez que vou escrever pedra,
escrevo perda).
Das pedras, do silêncio, do tempo. Belíssimo!
ResponderEliminarMar Arável
ResponderEliminarConsegue sempre atravez da poesia me transmitir palavras doces nestes tempos amargos que estou a viver.
Obrigado Amigo
Beijo
Do silêncio das pedras...que não se movem, mas tanto têm para contar.
ResponderEliminar"Lá no cimo
ResponderEliminarmais expressivo da serra.."
Isto é POESIA. Pura poesia.
Da que nos preenche a alma. Para além do silêncio das pedras.
Gratidão, Eufrázio.
Mel
Neste mundo surrealista é tão difícil libertar os silêncios...
ResponderEliminarAs pedras estão ali a emoldurar o tempo.
ResponderEliminarbjus!
Todos esperamos que por fim as pedras falem. Preciso é que os cães e os pássaros se organizem e lhes louvem a memória.
ResponderEliminarMuito tocante este poema, retratando também este nosso improvável tempo. Abraço, Poeta.
Como nós, as pedras resistem porque têm memoria.
ResponderEliminarAdoro os silêncios e o sussurro do vento a afagar as pedras.
ResponderEliminarAbraço
São aráveis estas pedras como o é o teu mar...
ResponderEliminarOs silêncios...
ResponderEliminarOs silêncios por libertar tão impenetráveis como as próprias pedras [mortas]...
ResponderEliminarUm beijo
Há castelos de silêncio e muros que se erguem para os preservar. Resta-lhes o testemunho das pedras...
ResponderEliminarE a nós, o eco consolador das palavras que por aqui se encontram.
:)
:):)
ResponderEliminarfez-me sorrir
e nao sei explicar porque
Bjinhos
Paula
Ah, se as pedras falassem!... Mas "os silêncios permanecem/ num castelo/ a encher os olhos de vento"...
ResponderEliminarBelo, tristemente real!
Abraço
Poeta
ResponderEliminarMudas como o silêncio...as pedras...o que não dizemos.
Beijo
Sonhadora
Olá!Bom dia!
ResponderEliminarPoesia sempre me encanta, é um alento pra alma...A mais pura expressão dos sentimentos humanos...
Gostei muito do seu blog!Assuntos bem diversificados.
Obrigada pela visita!
Seja Bem-Vindo sempre!
Bom final de semana!
Abraços!
Há poesia assim. Que nos toca de uma forma inatingível à mente. Eu gosto quando os poemas me passam directamente para a alma.
ResponderEliminarObrigada. É um sentir reconfortante.
Rosário
O valor dos silêncios...
ResponderEliminarbeijinho*
e como seria bom consegui-lo, caro amigo. um grande beijinho e um bom fim-de-semana!
ResponderEliminar(do que contam as pedras e nem sempre temos a sensibilidade para entendê-las...)
ResponderEliminarvim te ler outra vez :)
ResponderEliminarbom domingo
beijo
Por vezes, os silêncios não libertados transformam-se em memórias... de pedra.
ResponderEliminarBom Domingo.
Tudo nos traz memórias e revivê-las faz parte da vida.
ResponderEliminarOs silêncios, por vezes, são de pedra...
ResponderEliminarMagnífico poema. Gostei.
"Encher os olhos de vento"
ResponderEliminar...reconheço-lhe os caminhos da serra mais pura...e há silêncios que não possuem qualquer silêncio.
Por isso, são de silêncio,
Um abraço, Eufrázio.
Os silêncios sempre nos dizem tanto.
ResponderEliminarSempre únicos os teus poemas.
beijinhos
Boa semana :)
ResponderEliminarEm pedra se sedimentarão os silêncios, se deixarmos que se protejam nas muralhas sem nunca se explicarem.
ResponderEliminarA minha gratidão, pela partilha da excelência.
Um abraço
Afinal...
ResponderEliminarCá em baixo
Chegaram silêncios.
Silenciosamente
Escaparam-se
Por entre as pedras irregulares
Cumprimentaram os cães
E voaram com os pássaros
Enquanto o sol
Ganhava a forma das ameias
Do castelo
No alto da montanha
Tanquilamente...
princesa
ah! meu Amigo............
ResponderEliminarse o meu tempo fosse outro
fica ,aqui ,lendo.te
( porém )
em mais um poema belíssimo
-deixo-
.
um beijo
( e .......lamento que o tempo ,de quando em vez ,me obrigue a ser tão breve... )
se as pedras falassem exaltariam o "voo improvável". em sua leveza!
ResponderEliminarbelíssimo
abraço
Lindo este poema das rochas, dos cães, da vida...
ResponderEliminar