Acordei a pintar o voo
de um pássaro nos teus olhos
a incitar os cães a lamberem água
na concha das nossas mãos
como se toda a água
fosse de beber às mãos cheias
e os cães
um bando de pássaros
nos teus olhos
De tão breves
acrescentámos à nudez do rio
a sombra de uma ponte
um pedaço de espelho que se olha
nesta desordem de cores
até o pão crescer nas nossas bocas
os silêncios se alimentarem de faúlhas
e nós de outras claridades
Foi quando acordámos completa mente
no coaxar das margens
sem cães nem pássaros
só com os teus olhos
Estar só com os olhos de quem se gosta , já é uma coisa muito boa.
ResponderEliminarUma boa noite.
maravilhoso poema, um belo momento de poesia, adorei.
ResponderEliminarBeijinhos
Sonhadora
Que belo poema!!!
ResponderEliminarAbençoada a musa
de olhos tão inspiradores.
Que bela sintonia de palavras
e sentimentos!
De palavras que nos transmitem
excelentes sensações
Que nos ajudam a levitar
por instantes
E a sonhar
nas mesmas margens
...
"pintar o voo"
"pássaro"..."olhos"...
..."concha das nossas mãos"...
..."água"..."ponte"..
..."espelho"..."claridades"...
Princesa
Magia.
ResponderEliminar"Foi quando acordámos completa mente
ResponderEliminarno coaxar das margens
sem cães nem pássaros
só com os teus olhos"
A realização!
Poema fantástico!
Parabéns!
Beijo!
O encantamento do olhar que lê, encontro aqui.
ResponderEliminar"Acordei a pintar o voo
ResponderEliminarde um pássaro nos teus olhos"
O começo de um poema cheio de ternura e de magia. Adorei.
Um beijo.
"...até o pão crescer nas nossas bocas
ResponderEliminaros silêncios se alimentarem de faúlhas
e nós de outras claridades..."
e na sensibilidade da poética das palavras a alma voa com sentido...
É sempre um prazer ler-te. Obrigada.
Bjo
Lindo, lindo!
ResponderEliminarAbraço
rendo.me ao "coaxar das tuas margens"
ResponderEliminarcom
.
um beijo
Sim, muito bonito. Também gosto muito de olhos.
ResponderEliminarBelíssimo! O Som da Paisagem.
ResponderEliminarAbraço
Onde os dedos verdes das várzeas
ResponderEliminarse tocam, tremulantes, no azul das águas, e o metal das pontes se espelha em viagens de bem dizer, a poesia reflecte-se em espelhos de rio. E neles os cães não acordam abruptamente os ovos pintados num olhar, e o poema - arte plena, inscreve-se, néctar, dulcíssima forma em profusão maior.
Belíssimo, Eufrázio.
Bem-haja
Mel
Gosto desta ideia de nos alimentarmos de "outras claridades". Bem precisamos. Outras. Novas. Luminosas e iluminadoras.
ResponderEliminarBelo, belo!
ResponderEliminarUm grande abraço
"De tão breves
ResponderEliminaracrescentámos à nudez do rio
a sombra de uma ponte
"
Belíssimo poema: o poema como instaurador de claridades, de entrelaços, de traços de união, de uma ponte que a palavra poética atravessa, erige com impressionante força.
meus parabéns.
luís filipe pereira
é deste coalhar os olhos
ResponderEliminarnoutros olhos que se faz a claridade
apesar da sombra da ponte
apesar da desordem das cores
___
beijos
sem cães nem pássaros :) muito bonito! um grande beijinho.
ResponderEliminarUm lindo sonho,
ResponderEliminare acordar so com os teus olhos...
Bonito !
Li e reli..
Beijos
"Acordei a pintar o voo
ResponderEliminarde um pássaro nos teus olhos"
Agradou-me bastante essa imagem.
bjs
O insondável poder dos olhos e palavras muito belas...
ResponderEliminarAbraço
Gosto do poema no qual se pintam pássaros nos olhos... o pássaro, a liberdade de voar...de partir... de chegar.
ResponderEliminarO espelho reflecte as cores, ilumina, dá luz.
A luz é o bem mais precioso que um homem pode ter para além de umas asas, é claro. :))