A princípio eras um nimbo
a desfolhar-se
por entre mastros
no remanso das águas
um rio a gatinhar escombros
em surdina
um farol a projectar mais longe
a luz retida no cais
Foi assim
vestida de barcos
que te vi içar velas
contra o vento
até os olhos se fundirem
num vagaroso instante
Foi assim
que te ofereci os meus silêncios
muito antes de madrugarmos em flor
num chão de pétalas
Poema profundo, belo e de grande sensibilidade, com metáforas de imaginação penetrante - maravilha ter encontrado este "chão"!
ResponderEliminarUm abraço
Lindo! E depois Klimt...
ResponderEliminarBj.
Belo, sim. E tudo o mais fica no silêncio da minha admiração.
ResponderEliminarUm beijo.
Gosto dessa tela!
ResponderEliminar"O Beijo" de Klimt!
E o poema..., o poema está sublime, sobretudo o que escreveste com tinta que não se vê. Impressiona-me esse sentimento!
.............
"muito antes de madrugarmos em flor neste chão de pétalas"
Que ternura!
Beijo
Cada visita é a certeza de encontrar palavras arranjadas de tal modo que se tornam outras.
ResponderEliminarLindo.
Abraço.
Madrugar em flor
ResponderEliminarnum chão de pétalas
é gritar o silêncio
num beijo de Klimt...
Abraço!
Muito bonito. Abraço.
ResponderEliminarFico sem palavras quando a arte me toca, para além do habitual...
ResponderEliminarRealço:
"Foi assim
que te ofereci os meus silêncios
muito antes de madrugarmos em flor
num chão de pétalas"
Obrigada!
No último lapso
ResponderEliminarde um tempo sem limites
embora a gente o queira compor
em fragemntos
abriram-se as águas
e entrei onde sempre estivera.
O Silêncio está repleto de vozes...
Belo poema!
Abraço e agradeço a visita!
O poema merece bem a pintura.
ResponderEliminarAbraço
O vagaroso instante em que nasce a flor do poema.
ResponderEliminarBelíssimo!
Abraço
Lindo poema, muito mesmo!
ResponderEliminarabraço
Vagaroso instante este, em que a leitura é mar, um chão arável de pétalas em palavras..
ResponderEliminarEspecial, é especial o que escreve!
Gostei de passar por aqui...
ResponderEliminarvenho devagarinho deixo poesia e um beijinho
SOU MESMO...
Sou mesmo...
Da mesma terra que tu
Da terra do chão vermelho
Da terra batida cheirando a pó...
Sou mesmo...
Da mesma terra que tu
Onde todos saltamos os rios
Corremos a apanhar borboletas...
Borboletas de cores lindas...
De gafanhotos que saltavam
Que pulavam à minha frente
Como quem brinca às escondidas...
E brincava na palha do café
Apanhava bitacaias nos pés
Comia manga, safú e goiaba
Apenas porque...
Sou mesmo...
Da mesma terra que tu...
LILI LARANJO
Chão lavrado, arado, rico na oferta!
ResponderEliminar«Foi assim
que te ofereci os meus silêncios
muito antes de madrugarmos em flor
num chão de pétalas»
Vou dormir sobre este chão e sonhar com madrugadas em flor!
Fantástico
G...
Às vezes não sei como comentar o que escreves. Ou dizer o que sinto quando leio o que escreves.
ResponderEliminarPrefiro ficar em silêncio, e olhar Klimt...
Um beijo.
E, tal como a Maria, fico sem saber o que dizer.
ResponderEliminarPorque a tua poesia é isso mesmo... a beleza em palavras simples.
E o Klimt... que mais posso querer?
Beijos
Que linda essa metáfora de ser braco, vestir-se de barco....ser velas levadas pelo vento...
ResponderEliminarTeus cravos no meu canto.
ResponderEliminarPrometido é devido.
Espero não te desapontar ;)
Beijo.
... dois estados de alma que se entrelaçam: o amor-amor e o abril-abril. Belo.
ResponderEliminarAbraço.
Pétalas/palavras, prenhes de significado e força!
ResponderEliminarHoje é o Dia Internacional do Livro. Não faria sentido comemorá-lo sem por aqui passar, sem ler este poema que nos preenche.
ResponderEliminar25 de Abril Sempre.
Abraço
Trata-se de ler, gostar e sair devagarinho com o sabor da maresia destas palavras
ResponderEliminar:)))
O chão de pétalas são os de melhor caminho para quem muito tem para caminhar...
ResponderEliminarperfeito! tela e texto que se fundem e nos levam embora pra dentro de nós...
ResponderEliminarparabens.
Vale a pena madrugar num chão assim...
ResponderEliminarAbraço
Bem bonito
ResponderEliminareste poema!
Saudações poéticas
Hoje um chão de pétalas rubras, depois da madrugada!
ResponderEliminarComo sempre belo...!
Beijo
E, porque sim, hoje, dia 25, deixo um :))) muito especial.
ResponderEliminarKlimt e palavras que se tornam néctar perfumado para os sentidos de quem as lê
ResponderEliminarum beijo meu
Lindo o casamento entre a ilustração e o poema, como sempre.
ResponderEliminarBoa semana te desejo, neste dia de liberdade.
num chão de pétalas contemplarei klimt.
ResponderEliminarum abraço
Adorei o seu madrugar em flor, num chão de pétalas.
ResponderEliminarbjs
perfeitos amores.
ResponderEliminarem chão de pétalas. madrugando em flor...
abraços, Poeta.
És um amante e tua musa, a terra que se espreguiça e se faz em tudo que te regala os sentidos.
ResponderEliminarElementos todos contidos no fogo da paixão.
Como uma cantata, de amor.
ResponderEliminarConjugação perfeita, o quadro de Klimt e o poema cheio de subtilezas de uma alma sensível.
ResponderEliminarGostei muito.
Belíssimas as imagens metafóricas para que sempre nos remetes!
ResponderEliminarQuando entro aqui encontro emoção nas palavras, versos de uma qualidade superior na mensagem que transmitem de um amor amadurecido.
Com admiração.
Beijos
Branca
P.S. Obrigada pelos teus comentários sempre tão generosos, principalmente o de hoje, o post ainda estava em execução, mas as palavras não mudaram, apenas algumas imagens.:)
gostei de pisar neste teu chão tão cheio de cores
ResponderEliminarLindo poema, cheio de emoção.
ResponderEliminarAs palavras certas.
excelente poema, sublime final, os últimos quatro versos são de uma imagética belíssima.
ResponderEliminarabraço.