RENOIR
Nos dias que se repetem desiguais
chovias inteira
Há dias assim
a gotejarem sílaba a sílaba
no mais íntimo do corpo
exactamente o que sobra de um traço
onde tento decifrar
porque se desmorona a água
em pleno vôo
e a chuva cai
mesmo quando flui
no declive dos teus olhos
quinta-feira, 4 de março de 2010
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41 comentários:
Magnífico.
Muito bom.
O olhar liquido das Palavras.
Um abraço
Quando a água se torna poema nuns olhos!
São lágrimas...
Belas como sempre
as cascatas das palavras tuas...
Beijo
:))
Felizmente que ainda há dias se repetem desiguais !!
gostei do seu poema.
bj
Há dias assim... em que ler-te é um lavar da alma. Lindo!
Beijo meu.
Lindíssimo...
Bjs*
Lindo poema...adorei.
Beijinhos
Sonhadora
Belo.
Chove tanto lá fora, como aqui poesia...
Um abraço :)
Sempre surpreendente este encontro com os teus poemas.
Imagens poeticamente deliciosas e belas.
Beijo
assim lavamos os silêncio...belíssimo em dias que se repetem desiguais
Bom fim de semana!
beijinho
tb
Há dias assim, repetidos desiguais...
- talvez porque "chovias inteira"!
Um abraço
Poesia líquida, que se sorve nos poros, necessariamente.
Choveu-me na pele um arrepio de ternura...
Bjo
declivo-me. nesta declinação. que em si é sempre alta inclinação.
o meu abraço.
sempre.
amigo.
(imf)
Chuva linda, esta.
Abraço
dias, sílabas, corpos, chuvas... e tudo, bem diante de teus olhos...
meu carinho,
anderson fabiano
Gostei desta chuva de silabas...
Bjos
Se toda a chuva fosse clara e sentida como este teu poema, bons seriam estes dias.
Abraço.
No declive das marés há sempre um traço onde a chuva flui e as sílabas gotejam...
Glosando Augusto Abelaira, eis um poema magnífico, escrito na água.
Saudações
Belíssimo momento poético. parabéns.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja uma boa semana para você.
Saudações Florestais !
... o JPD tirou-me o chapéu de chuva da mão, que é como quem diz, a palavra da boca: um poema escrito na água da chuva, em tempo do nosso descontentamento. Valham-nos as tuas letras.
Gostei deste mar de lágrimas evaporadas em chuva.
Um encanto ler-te.
Beijos
gotículas de gotas onde nos desfazemos!
poema de humanidade líquida...
terno e belo.
poema enorme.
abraço, meu caro Poeta.
:) muito bonito, eufrázio. um grande beijinho.
Parabéns pela beleza da imagem desenhada nas formas das palavras.
A tua poesia é admirável, mas aqui te ultrapassaste.
Fica bem.
Muito bom.
Abraço
"Há dias assim a gotejarem sílaba a sílaba"... poemas que nos enchem a alma.
Um beijo
"Dias que se repetem desiguais" - no fluir das palavras simples e intensas.
Um abraço
Chris
belos os olhos
em desfiladeiro de tristezas
o corpo mais denso da água
indecifradamente
no movimento dos dias
___ beijos Eufrázio
Lindo, como sempre...
"Há dias assim
a gotejarem sílaba a sílaba
no mais íntimo do corpo".
A água reclamando a sede...
Um beijo.
Bravo.
Beijo grande.
tão simples quanto sublime
POETA
.
um beijo
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...águas que lavam a Natureza e purificam a alma...
Bonito o seu poema!
Beijos de luz e o meu carinho...
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Hummm... Isto é para ler e reler.
Abração.
São as marés do coração....liquefeitas gotas de sangue....lindo!
Mar...., bom dia!
Vim te ver e me adoçar na poesia do teu chover de sentires.
Me encanto, aqui.
Beijo
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