nem eu vejo
no teu corpo
uma casa vazia
mas hoje
quando o vento nos bafejou
tão breve
reparei como o chão se desnudou
para os barcos desenharem na água
o baloiço das tuas ancas
adormecerem o perfume
em colares no teu corpo
e a luz arder a prumo
antes que a chuva se desmande
neste desassossego
de lábios e areias
Ao longe a casa vazia
com portas abertas
janelas escancaradas
para quando chegarmos
tudo fique mais azul
em cada sílaba
19 comentários:
Belíssima a tua casa...
Beijo
E entre o que é e o que pode ser existe um espaço ínfimo, que pode ser sonho, ou simplesmente desejo, mas pode preencher de vida e azul uma casa vazia.
bjs
E assim é...beijos.
Casa e pessoa, só um lugar neste poema.
~CC~
Uma forma linda de dizer o desejo.
morada azul
Sensualidade elegante, é como me apetece chamar a esta casa cheia de luz.
No menear da palavra a sensualidade do desenho.
Bj
e ele perguntou-lhe:
onde vais?
ela: vou mergulhar no azul, para amanhecer em ondas no teu desejo!
um beijo
E tudo será mais azul nessa casa de desejo.
...e assim encheste de muita beleza a casa vazia
Bem hajas, amigo.
Corpos como casas.
Poema requintado!
Uma casa vazia, mas cheia de sonhos.
Abraço
muito belo, Poeta amigo.
Poema de uma sensualidade vibrante...
admirável talento. o teu
Uma casa. Um corpo.
"reparei como o chão se desnudou
para os barcos desenharem na água
o baloiço das tuas ancas"
Um poema belíssimo!
Beijos.
... belo poema!
Numa casa,... um corpo (mas que corpo!!!)...e a vida será sempre azul...
Ab. EL. -
a vida é um pouco azul quando os sonhos se parecem reais
A claridade da escrita.
Sempre tanta!
a saudade nua de me perder nas tuas palavras
.
um beijo
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