segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O DESASSOSSEGO DAS MARÉS

Despedida

Emergimos das águas fundas

até a luz quase perfeita

chover nas nossas línguas

soltamos o corpo

inventamos espaços para voar

mordemos os lábios

em pleno voo

para libertar a sombra dos pássaros

e num toque fugidío

que ainda hoje espuma

caímos dos céus

com a chuva

Na verdade

hoje não queremos

salvar o mundo

apenas celebrar o desassossego

das marés

23 comentários:

  1. E no desassossego das marés eu celebro a vida...

    Um beijo

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  2. e nas margens de mar

    búzios acesos

    de lua

    um voo de água

    suspenso

    da boca

    ______

    beijo...de sal.

    maré

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  3. Eufrásio,
    não vai embora, pois não?!

    belíssimo este poema... celebrando a VIDA!

    um grande abraço
    e um sorriso :)

    mariam

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  4. inventamos espaços para voar... para celebrar o desassossego das marés. Belíssimo poema.
    Um abraço.

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  5. E nas marés soltas
    viajantes...
    confrontamos adamastores
    e no conforto
    do mar manso
    sempre...
    retornamos...!

    Um beijo

    Ausenda

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  6. maré(s) alta(s). por aqui...
    plenas da melhor poesia.

    abraço, Poeta.

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  7. o livro já saíu do "acidente"?... é absolutamente imperdoável!!!!!

    nem imaginas os diversos "acidentes" que temos tido com a Papiro Editora, para além do Chiado.

    um forte abraço!!

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  8. Eufrázio,
    Um poema que nos liberta para vivermos as emoções na sua plenitude...
    Magnífica imagem, com sensualidade e erotismo q.b.
    Fique bem.

    Um grande abraço e mais sorrisos :)))

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  9. que com as tuas palavras ficaram muito bem celebradas

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