sábado, 9 de agosto de 2008

AVES QUE SE LEVANTAM

ÓLEO DE OLBINSKI

A erosão do movimento

gera novos movimentos

no espaço

neste chão de asas

tão leve

que já nem o ar que se respira

sente os seus passos

Chamo por ti

simplesmente chamo

e tu vens

Só não sei quem és

e isso para mim já é tanto

A erosão do movimento

gera novos movimentos

mesmo nos rios cansados

Repara bem

onde se movem as águas

estão sempre a cair aves

que se levantam

19 comentários:

  1. fantástico!

    e não é que ler este poema só me faz lembrar a blogosfera! que coisa!

    "Chamo por ti

    simplesmente chamo

    e tu vens

    Só não sei quem és

    e isso para mim já é tanto"


    bom fim-de-semana
    um grande sorriso :)

    (pronto, pode rsrsrsrs à vontade!)

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  2. Gostei muito! "Brica" bem com as imagens!
    E não tenho muitas mais palavras.
    O óleo também é muito interpelante.
    :)

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  3. E novos movimentos criam outros novos movimentos,que criam outros tantos novos movimentos, numa espiral infinita e insondável como o tempo ou o espaço.
    Perturbante

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  4. e caem e levantam-se e tornam a cair e de novo se erguem e...

    assim nós, as aves...

    abraço

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  5. ..."Repara bem

    onde se movem as águas

    estão sempre a cair aves

    que se levantam".


    belo de tão movimento. de tão chão.



    beijo

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  6. O voo das aves. Os nossos voos...
    Gostei muito do poema. Um abraço.

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  7. a pedra que se solta no lago e gera o ondular das ondas

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  8. E assim continuará a ser... cada movimento viverá noutro... e outro... mesmo nos rios cansados.

    Abraço

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  9. Nem sei o que acrescentar. Já tanto foi dito...
    Acabei por perder-me no poema e na sua teia de movimentações.

    Doce abraço e sorrisos da cor do arco-íris,

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  10. E eu serei uma dessas aves que se ergue do movimento das águas e responde quando é chamada...

    Boa semana.

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  11. ...sim! Movimentos geram novos movimentos...

    É lindo o seu poema! Um prazer vir aqui...

    Beijos de luz e o meu agradecimento pela tão gentil visita!

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  12. Da Dialéctica da poesia, da vida, da luta.
    Muito bom!

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  13. O movemento das súas palabras da paso ao agradecimiento das miñas.
    gustoume moitísimo.
    beijo.

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  14. Saboreando a beleza formal, protesto: rios cansados?
    Estou a ler: De rios velhos e guerrilheiros - o livro dos rios, do Luandino Vieira, vê lá tu!
    Só para te deixar um abraço

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  15. Meu caro Sérgio

    de facto os rios cansados existem

    e as aves que se levantam também

    abraço-te

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