Pitura ROYO
Demoras-te senhora nestas águas
porque é sempre breve
o instante
das pequenas vertigens
Vieste colher os meus lábios
para incendiar uma pedra
Na verdade o teu corpo
tão líquido e incerto
na voragem dos destinos inventados
vibra no ritmo das marés
ilumina-se por dentro
num feixe de faúlhas
habita as fendas rema
por onde espumam as salivas
Demoras-te senhora nestas águas
sentada no meu barco
mas nunca saberás
dos meus lábios uma palavra
sempre que tocar os teus
nem das línguas
o fogo regurgitado
que nos liberta
Demoras-te senhora nestas águas
porque é sempre breve
o instante
das pequenas vertigens
Vieste colher os meus lábios
para incendiar uma pedra
Na verdade o teu corpo
tão líquido e incerto
na voragem dos destinos inventados
vibra no ritmo das marés
ilumina-se por dentro
num feixe de faúlhas
habita as fendas rema
por onde espumam as salivas
Demoras-te senhora nestas águas
sentada no meu barco
mas nunca saberás
dos meus lábios uma palavra
sempre que tocar os teus
nem das línguas
o fogo regurgitado
que nos liberta
Também eu me detive nestas águas, vogando num qualquer barco, soprando alto estas palavras...
ResponderEliminarvim. demorar.me. sabendo que o tempo é apenas uma curva.
ResponderEliminar(gostei. e muito).
obrigada.
abraço.
Detive-me demasiado tempo nas mesmas águas, até que a água, de cristalina que era, ficou lodo.
ResponderEliminarAgora também me confesso só ao mar!
bj
o ritmo das palavras acompanha, síncrono, o balanço suave das águas, onde o desejo (se) demora.
ResponderEliminarEmbalando.
Quando a poesia é um sussurro de palavras liquidas.
ResponderEliminarMais um belo poema.
ResponderEliminarQuando é que nos ofereces um daqueles teus estupendos textos em prosa?
Abraços.
O Amor
ResponderEliminarO desejo
A saudade
A sensibilidade...
De um poeta
capaz de incendiar
uma pedra
que
perdida
flutua
ao ritmo das marés
princesa
um poema de fogo e água. como deve ser toda a poesia :) um beijinho*
ResponderEliminarpalavras (in)dizíveis. que o instante é breve.
ResponderEliminarsoltar faúlhas de fogo. de pedra. dos lábios.
excelente, POeta!
No líquido do sentir recruscede a espuma da palavra encantada.
ResponderEliminarBelo!
Bj
OLÁ
ResponderEliminarPasso de mansinho, para lhe desejar, uma noite tranquila, belos sonhos.
BEIJITOS.
Aproveitar a magia do instante. Quando a palavra não tem lugar.
ResponderEliminarAbraço.
corpo líquido que corro
ResponderEliminarper
corro
traço a
traço
beijO
Línguas tb trazem prisões.
ResponderEliminarLindo.
Se aceitares, tens um mimo à espera de o ires buscar.
ResponderEliminarSê feliz.
Eu passo bebo e pergunto-me, o que é que eu vou dizer?
ResponderEliminarComo fui bem domesticado direi...Obrigado!
fantástico
ResponderEliminaro ritmo
e a cadência!
"porque é sempre breve
o instante
das pequenas vertigens"
belo!
um sorriso :)
Ben bonito,auga para deterse, auga para fluís sen necesidade de palabras pronunciadas.
ResponderEliminarbeijo e bom fim de semana.
é sempre breve
ResponderEliminaro instante
das pequenas vertigens
Excelente o poema. Um abraço.
Parabéns a esta alma poeta! :)
ResponderEliminarNão senhor, por muito que naufrague, não esqueço o mar profundo...
ResponderEliminarTantos sentidos, tem este mar...
Abracinho de terna onda e sereno marulhar?
Na babuja da maré, contemplo!
BIA