quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

UM RISCO NO AR


Vincent Van Goug




Quando as árvores se inspiram


soltam pássaros


que poisam no nosso olhar





É como respirar um sopro de silêncio


nos teus lábios


e só depois ver desaguar


um rio lento





Quando as árvores se inspiram


soltam folhas faúlhas e asas


que os olhos lambem devagar





É como fazer um risco no ar


e só depois reconhecer


o fio de seda que resiste ao vento


contra o vento


17 comentários:

  1. Palavras de uma leve beleza. Uma poesia que nos toca.

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  2. Ah, a tua expressividade poética...comove-me!

    Quando as árvores não soltam pássaros, acolhem-nos a esvoaçar por entre as suas asas verdes, que bandarilham o vento!

    Abraço-te de peito aberto

    BIA

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  3. versos loucos

    num poema belo

    resistente ao vento

    em vaza mar

    .
    .
    um beijo

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  4. e assim risca sobre o mar

    a subtil teia
    do ser.



    maior.


    .


    _____________.

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  5. tudo o que o tempo quebra não se esmaga em cinzas.
    nunca desfeitas, nem pedaços ocos.

    pontos migratórios do querer. para lá.
    onde o pensamento reside na ventura do acontecer!

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  6. As árvores. Os pássaros. O vento.
    Nada falta ao poema, nem a emoção.
    Um abraço.

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  7. invisíveis os fios. com que se tece resitências. no vento que passa...

    abraço

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  8. Palavras soltas,breves e leves.
    Lindíssimo !
    Beijo.

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  9. Palavras suaves . Delicadas como o fio de seda de que falas. Foi o vento que mas trouxe. Uma brisa suave . Marítima talvez? :)

    Um beijinho

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  10. A foto é simplesmente expectacular , e axompanha um belo poema.. beijinhos

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  11. E fico quieta, a ignorar essa brisar que parece querer levar o cheiro da minha pele...

    Bom fim de semana cheio de sol
    M

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  12. e ler-te....

    ler-te eh respirar o olhar
    que reconhece
    o que.









    x

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  13. o pintor de eleição, que me faz recordar Holanda, Amesterdam...
    o poema todo enquadrado na tela que apresentas!
    as árvoras, os pássaros, o sol, o vento,
    e o fio de seda resiste, contgra o vento...
    beijos

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  14. escrever com fios de seda
    pura
    para que o vento
    leve
    leve as palavras
    soltas
    soltas na cor do fio
    branco
    branca a tela no final
    feliz

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